Além das discussões, o evento contou com oficinas de rima, penteado afro com turbantes, hip hop e contação de histórias. O objetivo foi trabalhar o resgate da cultura afro, analisando o momento político, cultural, social e os impactos na juventude. Participaram das atividades alunos e educadores da Católica de Vitória Centro Universitário, do Cesam-ES, Oratório Festivo, Pré-vestibular Dandara, Colégio Salesiano Jardim Camburi e Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória.
Para o Diretor Geral de Pastoral, Pe. Adenilson Lopes Rubim, é muito importante a promoção da discussão a fim de garantir a igualdade de direitos e valorização da cultura e da história da população brasileira. “Esses jovens precisam se perceber dentro do cenário do qual estão inseridos. O debate os ajuda a chegar a um entendimento. Saímos com uma inquietação ainda maior. Precisamos debater mais o assunto, para capacitar e empoderar essa parcela da população da nossa comunidade”, afirmou.
Para a aprendiz do Cesam-ES, Gabrielle Borges, 16 anos, disse que gostou de participar das oficinas, aprender a história de cada uma delas e chamou a atenção para o preconceito que adolescentes e jovens sofrem. “Esse foi um dos melhores eventos que já participei! Me identifiquei, pois, também sofro por conta do meu cabelo e da minha cor”, disse.
Superando preconceitos
Segundo a coordenadora do curso Serviço Social da Católica de Vitória e uma das organizadoras do evento, Elisângela Marchesi, o processo histórico do preconceito deve ser superado com novas oportunidades. “Temos uma dívida social e histórica com a população negra. A forma como se deu a abolição da escravatura, com proibições de negros frequentar os mesmos espaços de brancos, nos dá a responsabilidade de pagar essa conta”.