A RSB faz sua, neste momento, a manifestação do bispo referencial da Pastoral do Menor no Regional Sul 1, Dom Otacíio Luziano da Silva, ao afirmar que: “a morte da Irmã nos entristece pelo fato da Igreja perder uma mulher batalhadora em favor dos mais abandonados pela sociedade, e corajosa por não ter tido medo de defender aqueles que a maioria das pessoas entendiam que eram indigentes e que não mereciam nenhum apoio. No entanto, sua morte também nos coloca diante de nossa realidade humana e espiritual: para este mundo somos finitos, porém para Deus somos eternos. A Irmã Maria do Rosário não fez apenas um trabalho social, mas conseguiu realizar o que a Palavra de Deus e a Igreja sempre nos ensinou: unir fé e razão. Ela viveu intensamente sua humanidade e, com certeza, viverá de uma maneira perfeita a sua espiritualidade, na eternidade, ao lado do Pai”, disse o prelado.
Como Família Salesiana e particularmente unidos à sua Província de origem das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) - Inspetoria Santa Catarina de Sena, SP - agradecemos a Deus que, por meio da Ir. Maria do Rosário, promoveu um incomensurável bem pelas crianças e adolescentes do nosso país, em especial aqueles em situação de maior risco e vulnerabilidade.
Sua vida, consumida generosamente na entrega às lutas da Pastoral do Menor e em defesa do ECA por meio de um trabalho impar pelos direitos da infância, trouxe especial orgulho e compromisso aos ideais de Dom Bosco e Madre Mazzarello.
Que nossos intercessores, junto a Deus, acolham a Ir. Mária do Rosário na casa do Pai e suscitem novos e ardorosos apóstolos que continuem lutando por uma condição justa e digna para todas as crianças e adolescente do nosso Brasil.
À querida Ir. Maria do Rosário e às Filhas de Maria Auxiliadora, nossa gratidão e solidariedade.
Rede Salesiana Brasil - RSB
Um pouco da sua trajetória
A Ir. Maria do Rosário Leite Cintra nasceu no dia 23 de outubro de 1935 em Lins, fez sua Profissão Religiosa em Turim, Itália, no dia 5 de agosto de 1959, cursou e formou-se em Pedagogia e Orientação Educacional no Instituto Pedagógico das FMA, também em Turim. Em 1978, a religiosa fez a opção para dedicar-se à dimensão social.
Dirigiu-se aos jovens pobres e abandonados, particularmente da FEBEM, a pedido de Dom Paulo Evaristo Arns e de Dom Luciano Mendes de Almeida. Nesse novo contexto, conheceu Ruth Pistori. Assistente Social dedicada ao problema do menor. Ruth havia iniciado um trabalho de Liberdade Assistida com casais, sob a orientação de Dom Luciano. O trabalho cresceu e, juntas, elaboraram o Manual sobre a Liberdade Assistida Comunitária e sua operacionalização.
A primeira sede da Pastoral do Menor surgiu em Belém e, a partir daí, novas frentes, centros educacionais, comunitários e também o Primeiro Projeto Meninos e Meninas de Rua foram surgindo. Grande foi sua contribuição na organização da Pastoral do Menor no Regional Sul I.
Ainda foi protagonista na luta de elaboração, divulgação e defesa do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, despertando as Irmãs para o engajamento nos Conselhos de Direitos da Criança e Adolescentes e Conselhos Tutelares.