Elia Comini nasceu em 7 de maio de 1910, em Calvenzano, Província de Bolonha, de Claudio e Emma Limoni. Frequentou a Escola dos Salesianos, em Finale Emilia, onde pediu para fazer-se salesiano. Depois do noviciado em Castel de’ Britti, fez a primeira Profissão religiosa, em 1926, e quando, no mesmo ano, perdeu o Pai, o Arcipreste (ou Arquipresbítero) de Salvaro (sempre em Bolonha), Mons. Fidenzio Mellini, que havia conhecido pessoalmente Dom Bosco, lhe seria o segundo Pai. Completou os estudos em Valsálice (Turim). Em seguida laureou-se em Letras pela Universidade estatal de Milão e, no dia 16 de março de 1935, foi ordenado de Sacerdote.
O P. Comini foi sacerdote e professor, apóstolo e educador de jovens, nas escolas salesianas de Chiari e de Treviglio. Encarnou particularmente a caridade pastoral de Dom Bosco e os traços da 'amorevoleza' salesiana, que transmitia aos jovens através de caráter afável, bondade e sorriso.
No verão de 1944 voltou a Salvaro para dar assistência à mãe já idosa e ajudar Dom Mellini. A zona era epicentro de guerra entre as Forças Aliadas, a resistência, os nazistas. A população e os refugiados daquelas localidades sempre puderam contar com a proximidade do P. Elia: sempre pronto para as confissões, zeloso na pregação, hábil em explorar as suas qualidades de bom músico para tornar mais alegres as funções religiosas. Junto com o padre dehoniano P. Martino Capelli, visitava e socorria rastelados da polícia e refugiados, medicava feridos, sepultava mortos, pacificava a população, também com frequência arriscando a própria vida.
No dia 29 de setembro de 1944 foi preso enquanto, sempre em companhia com o P. Capelli, ia à Creda (Grizzana), onde se estava consumando a chacina de 69 pessoas. As SS, considerando-os espiões e maltratando-os, serviram-se deles como de jumentos para o transporte de munições, fazendo-os subir e descer o morro várias vezes. Inúteis as tentativas de salvar os dois sacerdotes, mesmo porque o P. Comini dissera: “Ou todos ou ninguém!”.
Domingo, 1° de outubro de 1944, junto com outros 44 homens, foi morto pelos nazistas na caixa d’água do estabelecimento das ‘Industrie Canapiere Italiane’ (Indústias de Cânhamo Italaianas).