Gildásio Leal é missionário da Comunidade Face de Cristo, de Fortaleza, CE, e afirma que sai deste encontro, neste domingo, 19, com mais consciência de que todos os carismas e expressões formam um só corpo de muitos membros. “A coisa mais importante é a unidade. Você aprende a sair do seu celeiro e isto aumenta o nosso campo de evangelização. Aprendemos também a respeitar mais as outras formas de missão e a conhecer e amar mais o irmão”, destaca.
E este aspecto da unidade é justamente o proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na manhã deste domingo, padre Carlos Sávio Ribeiro, que foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB até abril deste ano, explicou que a Conferência não é um espaço deliberativo dos bispos, mas de comunhão. Cada bispo é o responsável pela atuação pastoral e de evangelização da diocese.
Padre Sávio explicou ainda e tirou dúvidas dos jovens acerca da organização da Igreja no Brasil, estrutura da CNBB e como se deu a criação da Comissão para a Juventude, em 2011. Após a instituição desta, cresceu consideravelmente o número de expressões representadas junto à CNBB (além da Pastorais de Juventude, ingressaram movimentos, novas comunidades e congregações) e, diante desta diversidade o sacerdote enfatizou: “Não vamos brigar dentro de casa. Precisamos ir até aqueles que estão nas universidades, shopping, praças etc. Vamos procurar fora! Precisamos ir até quem não conhece Jesus. Isto deve nos unir!”.
Missa de envio
Após a exibição de um vídeo com os melhores momentos do encontro, os jovens participaram da Missa de envio presidida pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, onde leram uma carta especialmente elaborada durante o encontro que será enviada ao Papa Francisco e bispos de todo país.
Na homilia, dom Alberto ressaltou que cada jovem participou do ENJMC porque bebem da fonte do carisma de suas expressões. “O que sustenta um movimento ou nova comunidade é a certeza do Espírito Santo que atua”, afirma.
A partir de uma reflexão do Papa Francisco, o arcebispo de Belém apontou três atitudes a serem assumidas pelos líderes jovens: ver, ter compaixão e ensinar.
“Abram seu olhos e não tenham medo de ver a realidade da juventude. Há muita gente como ovelha sem pastor e precisando de um olhar. Olhem ao redor para enxergarem quem sofre e também vejam a realidade de forma crítica. Ampliem o horizonte, vejam além! Não deixem qualquer pessoa passar em vão ao lado de vocês”, exortou o bispo ao acrescentar a importância da compaixão, de se inclinar diante das chagas da juventude e do ensinamento como forma a fazer a Igreja crescer por atração e não pela imposição.
Por fim, dom Alberto agradeceu a presença de todos nestes dias em Belém e enfatizou que a Igreja local cresceu com a presença dos jovens. “Ficamos muitos felizes em ver gente feliz, sadia e alegre por ser de Deus”, felicitou.