O evento tem como tema “Assumir o núcleo identitário da Vida Consagrada: Atitude Profética, Processo Mistagógico”, e lema “Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho? (Lc 24,32)”, à luz do tema do Ano da Vida Consagrada proposto pelo Papa Francisco, “Vida Consagrada na Igreja hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”.
O arcebispo de Porto Alegre e bispo referencial para a Vida Consagrada no Brasil pela CNBB, dom Jaime Splenger, afirmou que a história da Igreja do Brasil devia ser escrita a partir da Vida Religiosa Consagrada, a quem ela deve muito. Dom Splenger disse, ainda, que a ardência do coração é próprio de quem fez a experiência de Jesus Cristo, a partir do pobre. “Precisamos ser na Igreja uma vida consagrada que aqueça corações e testemunhe; que não tenhamos medo de ser quem somos e amar o que fazemos”, concluiu o arcebispo.
Já o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, acolheu os presentes agradecendo aos que vivem sua vocação nas diversas realidades, com testemunho existencial e missionário, assim como pelos inúmeros serviços apostólicos.
“A Igreja deve um tributo de gratidão pelo trabalho incansável no campo da pastoral, educação, saúde; na atenção aos pobres e marginalizados; na promoção e defesa da vida; na promoção da paz e do bem comum de todo o povo brasileiro”, declarou o arcebispo anfitrião.
Na conclusão da sua fala, dom Damasceno lembrou os santos do Brasil, que testemunharam sua fé como consagrados, representando com isso o tesouro da Vida Consagrada, convidando os presentes a renovar o compromisso de fidelidade missionária e ao carisma fundacional.
A presidente nacional da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, mad, saudou os participantes lembrando que o Congresso é o maior evento dos 61 anos de história da CRB. “Fomos encontrados, alcançados e transformados por Cristo. Esse tempo vai marcar a história pessoal de cada um de nós. Aqui estamos para reafirmar o nosso compromisso com ele, que nos lança onde a vida é mais ameaçada. É lá, o lugar da Vida Consagrada”, falou entusiasmada.
Ao concluir, irmã Maria Inês convidou a assembleia a viver com paixão, a experiência do Congresso, vibrando com cada momento, com cada desafio. “Construamos juntos esse Congresso, vivendo os apelos do papa Francisco, de sermos peritos de comunhão, pois a mão do Ressuscitado prepara o nosso futuro. Feliz Páscoa! Feliz Congresso!”, finalizou a religiosa.
Os trabalhos da tarde continuaram sob a assessoria do jesuíta, padre João Geraldo Kolling, que fez um resgate da caminhada da CRB nos últimos 10 anos. O assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), padre Paulo Suess, fez um aprofundamento das cartas da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, do Vaticano, “Alegrai-vos” e “Prescrutai”.
Uma Celebração Eucarística presidida por dom Damasceno encerrou as atividades do dia.
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