Na noite do dia 9, o encontro foi aberto pelo arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta, pelo vigário episcopal para a Comunicação Social, cônego Marcos William Bernardo, e por um dos organizadores, padre Arnaldo Rodrigues. Em sua explanação, dom Orani ressaltou a importância das ferramentas comunicativas no exercício da vida sacerdotal. Afirmou que os tempos de hoje são muito mais exigentes e complexos no que diz respeito à comunicação. Segundo ele, “não podemos dar nada como pressuposto, acreditar que todos já sabem tudo sobre a fé, pois, assim, corre-se o risco de que outras pessoas entendam a mensagem de forma equivocada. A evangelização é uma tarefa constante”.
O cardeal ainda acrescentou: “o padre precisa não apenas entender o contexto comunicativo no qual está inserido como também ser comunicação. Transmitir realmente aquilo que está em seu coração e em sua vida. O dom para o discurso não tem a mesma importância se não for usado para falar daquilo que verdadeiramente é vivenciado”.
A Igreja na era da comunicação
No segundo dia de atividades, 10 de setembro, o encontro começou com celebração eucarística e Laudes. Abrindo as conferências, o padre Gildásio Mendes dos Santos, que é membro da equipe de representantes das instituições católicas de ensino superior junto ao Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, falou sobre o desafio da contemplação no mundo moderno. “Somos parte da comunicação conectada, e todos nós estamos ligados com a internet, celulares, e esse é o mundo que vivemos, faz parte de todos nós. E agora que estamos todos conectados: o que queremos? Usamos a conexão para informar e divertir. Comunicar é mais do que o meio e mensagem é a informação”, disse.
Após o intervalo, foi a vez do professor de dimensão econômica na Igreja, da Pontificia Univertsità dela Santa Croce, em Roma, padre Cristian Mendonza, que falou sobre o compromisso que o sacerdote tem de evangelizar o próximo. Seguindo com a programação, depois do almoço, aconteceu uma partilha de experiências, apresentada pelo membro do conselho geral da fundação Canção Nova, Ricardo Sá, que falou sobre a mensagem da Igreja nas mídias digitais e como adaptar e trabalhar essa realidade nos seminários.
“Os desafios são muitos e o mais importante é a linguagem. O modo de falar do homem de hoje leva em conta a leitura que ele faz do mundo onde vive. A predisposição em acolher a mensagem a qual estamos oferecendo. O conhecimento que temos do homem de Deus e a capacidade que temos para conversar com ele na realidade que está inserido”, disse.
Ações de comunicação
No último dia do encontro, o professor de Public Speaking e Media Training, da Pontificia Univertsità dela Santa Croce, em Roma, padre Sérgio Tapia Velasco, falou sobre os princípios da comunicação e sobre os motivos em que fazem com que as pessoas acabem se afastando da Igreja. Já o coordenador da pós-graduação em comunicação e do Projeto Comunicar da PUC-Rio, Miguel Pereira e os professores Lilian Sabak e Luciana Pereira falaram sobre a experiência de treinar o clero para atender a mídia durante a Jornada Mundial da Juventude. Alunos da instituição também presentes contaram sobre como é vivenciar o mundo digital.
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