Após a leitura do Evangelho (Jo 21, 20.22-24) e a leitura do artigo das Constituições, que descreve o Capítulo Geral, o padre Chávez iniciou a sua fala de abertura: “A Congregação – recordou – é chamada neste Capítulo a renovar-se de tal forma que possa ter o frescor das origens, o elã missionário da sua adolescência, o dinamismo da sua juventude, a santidade da sua maturidade”. Ela se apresenta unida, mas “a unidade da Congregação não significa uniformidade”.
“É evidente, portanto, que o Capítulo deve abrir as portas a um diálogo que tenha presente todos esses elementos: todos podem exprimir livremente os seus pensamentos acerca da tarefa da Congregação hoje, e a respeito dos seus urgentes desafios. Mas devem, ao mesmo tempo, todas as propostas encontrar-se na linha e no espírito do Evangelho, na fidelidade a quanto nos indicam as Constituições”.
“Certamente leis e tradições, que sejam puramente acidentais, podem ser mudadas, mas nem toda mudança significa progresso. É preciso discernir se tais mudanças contribuem realmente a reafirmar a identidade, a consolidar a unidade, a promover a vitalidade e a santidade da Congregação”.
Todo Capítulo constitui uma etapa importante que projeta a Congregação pelo rumo de um novo sexênio. Mas “o CG27 – sublinhou o padre Chávez –mira a algo novo, inédito. Impele-nos à urgência da radicalidade evangélica. Somos chamados a voltar ao essencial, a ser uma Congregação pobre para os pobres e a reencontrar inspiração na mesma paixão apostólica de Dom Bosco.”
Antes de concluir, o reitor-mor agradeceu aos conselheiros pela colaboração leal, generosa e qualificada, e convidou a Assembleia para uma presença atuante: “A todos vós, portanto, caríssimos irmãos, a palavra. Mas também o convite a abrir o coração ao Espírito – o Grande Mestre interior –, que nos guia sempre pelo rumo da verdade e da plenitude da vida”.
O cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, também discursou na cerimônia. Sua exposição teve como referência a Carta de Convocação do reitor-mor, padre Chávez, na qual se pergunta: “Que vida consagrada é necessária e significativa para o mundo de hoje?”. E sintetizou a resposta na expressão: viver a profecia da comunhão e da fraternidade.
Também estavam presentes na cerimônia de abertura do CG 27 os cardeais salesianos, Tarcisio Bertone, Raffaele Farina, Oscar Rodríguez Maradiaga e Ricardo Ezzati; além do bispo da Diocese de Porto-Santa Rufina – em que fica a Casa Geral, dom Gino Reali; a madre Yvonne Reungoat, superiora geral das FMA (Filhas de Maria Auxiliadora); personalidades da Cúria Vaticana, prelados de várias Dioceses e responsáveis e representantes de quase todos os grupos da Família Salesiana (FS).
InfoANS
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