Lumen Fidei (A luz da fé) assim se intitula a primeira Encíclica do Papa Francisco, que foi apresentada nesta sexta-feira, 5 de julho, durante conferência de imprensa, no Vaticano, na Itália. Dirigida aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos, a Encíclica – explicou o Papa Francisco – já estava “quase completada” por Bento XVI. Àquela “primeira versão” o atual pontífice acrescentou “contribuições”. A finalidade do documento é recuperar o caráter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana.   A Encíclica é o documento mais importante escrito pelo Papa e serve de orientação para a Igreja e os fiéis. A Lumen Fidei foi traduzida para vários idiomas. Na versão em português é dividida em seis capítulos, incluindo introdução e conclusão, com mais de 80 páginas. Ela completa os textos anteriores de autoria do Papa Bento XVI: Deus Caritas (Deus é caridade), de 2005, Spe Salvi (Sobre a esperança cristã), de 2007, e Caritas in Veritate (Na caridade e na verdade), de 2009.   Leia alguns trechos da Lumen Fidei: “Quem acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. Este é o coração da Lumen Fidei. Em uma época como a nossa,  em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história”.   “Testemunha fiável da fé é Jesus, por meio do qual Deus atua realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquiteto, o farmacêutico, o advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão”.   “Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido no fato de confiarmos em Deus. Ao homem que sofre, o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha. Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus”.   Leia a versão completa da Encíclica em português no site do Vaticano.   Vaticano/ Inspetoria São João Bosco