Nesta segunda-feira, 4 de setembro, o Papa Francisco voltou para a Itália, após encerrar a sua viagem apostólica de quatro dias à Mongólia. Para o Santo Padre, estes dias o permitiram abraçar as diferentes realidades da Igreja e da sociedade mongol, além de possibilitar o encontro com as autoridades do país e os líderes religiosos locais.
Para a Família Salesiana da Mongólia esta viagem do Papa representou um momento particularmente intenso e comovente que envolveu os Salesianos Cooperadores, os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA).
FMA cozinha para o Papa Francisco
Foi sem dúvida um grande compromisso para a irmã Hanako Teresia Kojima, FMA da Comunidade Maria Auxiliadora, de Ulan Bator, da Inspetoria Stella Matutina (KOR), convidada a cozinhar para o Santo Padre.
“Nos meses que antecederam a visita do Papa, o cardeal Giorgio Marengo pediu-me duas vezes para cozinhar para os convidados do Vaticano. Na véspera da partida do segundo convidado para Roma, o cardeal me perguntou: 'você está pronta para cozinhar para o Papa?' Naquele momento, pareceu-me que o tempo havia parado. E eu agradeci: 'Sério? Obrigada!'. Meu coração batia forte e eu não conseguia acreditar no que me pediam”, contou a irmã Hanako.
FMA em encontro ecumênico e inter-religioso com o Papa
Também para a irmã Cecilia Choi, diretora da Comunidade FMA de Ulan Bator, a visita do Pontífice representou um momento importante. Ela participou do encontro ecumênico e inter-religioso entre o Papa Francisco e vários líderes religiosos na Mongólia, no Teatro Hun.
FMA participam da programação cultural
Outras duas Filhas de Maria Auxiliadora, irmã Aleth Evangelista e irmã Domenica Chang, participaram da programação cultural realizada antes do início da missa na Steppe Arene.
Salesiano Coadjuntor integra delegação oficial
Mas não foram apenas as FMA que participaram dos preparativos e dos momentos cruciais da visita do Santo Padre. Andrew Le Phuong Tran, Salesiano Coadjutor, também desempenhou um papel importante nas semanas que antecederam a visita do Papa Francisco. O cardeal Giorgio Marengo, prefeito apostólico de Ulan Bator, nomeou-o coordenador geral da visita do Papa. Ele fez parte da delegação oficial que recebeu o Papa no aeroporto e o cumprimentou na partida.
Além disso, no dia 4 de setembro, o Papa Francisco abençoou uma estátua de Nossa Senhora que havia sido milagrosamente descoberta por uma mulher budista num aterro sanitário do norte do país.
Sobre a Estátua, o salesiano padre Andrew Tin Nguyen, pároco da Igreja de Maria Auxiliadora da cidade de Darkhan concedeu uma entrevista à “Catholic News Agency”, durante a qual contou que a mulher não se lembra qual foi o ano em que encontrou a estátua, mas insiste que ela estava ali antes da chegada dos missionários salesianos:
“Talvez seja um sinal de que a Santíssima Virgem Maria esteve aqui presente antes de nós, preparando a nossa chegada. Ela apareceu nos lugares mais humildes e pobres, o que pode significar que ela sempre quis que cuidássemos dos mais pobres”, refletiu.
Mesmo aqueles que não estiveram diretamente envolvidos nos preparativos aguardaram ansiosamente a chegada do Papa Francisco. É o caso do padre Jaroslav Vracovsky, missionário salesiano e pároco da pequena comunidade de Shuwuu. Em uma entrevista ao site “Palavras de Vida”, ele disse que para os fiéis cristãos a visita do Papa representou uma oportunidade de conhecê-lo melhor e de ter uma experiência direta com ele:
“A atenção do Papa é voltada aos últimos, aos mais fracos e aos que não têm voz. Esta é provavelmente uma das razões pelas quais ele veio para a Mongólia. Além disso, ele também disse que o bom pastor deve ter o cheiro das ovelhas. E neste país nômade é tão fácil cheirar à ovelha…”, disse o padre Jaroslav.
