Mineiro de nascimento.
Nascido em São São del Rey
Aos onze de fevereiro
Do ano oitenta e seis
Lá do século dezenove
Uma história que comove
Quando penso cada vez.
Quando pré-adolescente
Sentiu-se por Deus chamado,
O pai leva ao seminário
O filho vocacionado.
Em Cachoeira do Campo
Matricula aquele “santo”
Menino de pouca idade.
Em mil novecentos e quatro
Conclui o aspirantado,
Em mil novecentos e cinco
Fez o seu noviciado.
Naquela calma Lorena
Mergulha a mente serena
No mar da santidade.
Terminada aquela etapa
Fez a sua profissão
Pela emissão dos votos
Entra na congregação.
Com poucos anos de idade
Ingressa na Faculdade
Com total dedicação.
Enviado para Roma
Estuda Filosofia
E com muito brilhantíssimo
Cursou a Pedagogia.
Vontade firme e segura
Unindo fé e cultura
No condão da teologia!
Combateu o bom combate,
Estudou, cresceu na fé...
Retornando ao Brasil
Ordenou-se em Taubaté.
Foi trabalhar em Lavrinhas,
Mas dali, com as malinhas,
Transferiu-se pra Bagé.
Foi bispo em Uberaba
Em Belém e Corumbá.
Arcebispo em Fortaleza,
Lá no quente Ceará.
Foi um exímio Pastor,
Sábio, santo e educador...
O tempo confirmará.
Todo mundo admirava
Sua angélica bondade,
O seu modo de falar
Revelava santidade.
Corpo esbelto e franzino
Com um olhar de menino,
Um asceta de verdade.
“O justo como a palmeira
Para o alto crescerá
E nos átrios do Senhor
Um dia florescerá”.
Vaticinou Salomão
Numa solene oração..
Tome a Bíblia e verá.
Dom Lustosa faleceu
Com sinais de santidade
Aos 14 de agosto,
Com muita tranquilidade.
“Sub umbra alarum tuarum” (*)
Voou para o Santuário
Da santíssima Trindade.
A causa de Dom Lustosa
Se encontra no Vaticano,
E está sendo apreciada
Pelos peritos romanos.
Pra Beatificação,
E a Canonização,
Daqui a poucos anos!
Aguardemos com esperança,
Vamos saber esperar...
Nestes versos em cordel
Eu peço: vamos rezar,
Para o processo correr
E logo possamos ver
Dom Lustosa no Altar!
Por fim faço um convite
Ao leitor respeitado,
Através deste cordel,
Assim mesmo mal rimado:
Procure fazer de tudo
Para imitar as virtudes
Do “santo” Lustosa amado!
Fonte: Padre Valdemar Pereira dos Santos, SDB