Assim, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta uma proposta de Tríduo preparatório ao dia 2, num esquema de Ofício Divino, que poderá ser utilizado num dos momentos orantes da comunidade religiosa, preferencialmente nas Vésperas, ou num horário prévio à realização das missas na comunidade eclesial, favorecendo também a participação de todo o povo de Deus.
No subsídio há, ainda, mensagens das presidentes de importantes organismos da Igreja no Brasil – Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Comissão Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNISB) e Instituto de Pastoral Vocacional – representando todas as pessoas de vida consagrada.
Que o Dia da Vida Consagrada “produza frutos abundantes para a santidade e a missão da Igreja. Especialmente, ajude a fazer crescer na comunidade cristã a estima pelas vocações de especial consagração, a fazer com que se torne sempre mais intensa a oração para obtê-las do Senhor, fazendo amadurecer nos jovens e nas famílias uma generosa disponibilidade para receber esse dom. A vida eclesial no seu conjunto será beneficiada, e disso há de haurir força a nova evangelização” (São João Paulo II).
Dia da Vida Consagrada
O Dia da Vida Consagrada foi celebrado pela primeira vez em 2 de fevereiro de 1997. Na mensagem do Papa São João Paulo II por ocasião deste primeiro dia, o Pontífice da época recorda a estreita ligação entre a Festa da Apresentação do Senhor e a vocação específica dos consagrados e consagradas:
“O Dia da Vida consagrada será celebrado na festa em que se faz memória da apresentação que Maria e José fizeram de Jesus no Templo ‘para o apresentarem ao Senhor’ (Lc 2,22). Nesta cena evangélica, revela-se o mistério de Jesus, o consagrado do Pai, que veio ao mundo para cumprir fielmente a sua vontade (cf. Hb 10,5-7). Simeão o aponta como ‘Luz para iluminar as nações’ (Lc 2,32) e preanuncia, com palavra profética, a oferta suprema de Jesus ao Pai e a sua vitória final (cf. Lc 2,32-35). Assim, a apresentação de Jesus no Templo constitui um eloquente ícone da total doação da própria vida, para todos os que foram chamados a reproduzir na Igreja e no mundo, mediante os conselhos evangélicos, ‘os traços característicos de Jesus virgem, pobre e obediente’ (Vita Consecrata, 1)”.
São João Paulo II, na mensagem, faz também uma comparação entre Maria e a Igreja: “A Virgem Mãe, que leva o Filho ao Templo, para que seja oferecido ao Pai, exprime bem a figura da Igreja que continua a oferecer seus filhos e filhas ao Pai celeste, associando-os à única oblação de Cristo, causa e modelo de toda a consagração na Igreja”.
Por fim, a mensagem exprime o desejo do Papa para que o Dia da Vida Consagrada “produza frutos abundantes para a santidade e a missão da Igreja. Especialmente, ajude a fazer crescer na comunidade cristã a estima pelas vocações de especial consagração, a fazer com que se torne sempre mais intensa a oração para obtê-las do Senhor, fazendo amadurecer nos jovens e nas famílias uma generosa disponibilidade para receber esse dom. A vida eclesial no seu conjunto será beneficiada, e disso há de haurir força a nova evangelização”.
Como celebrar os 25 anos da Vida Consagrada?
A Carta Encíclica Fratelli Tutti, sobre a Fraternidade e a Amizade Social, do Papa Francisco convida-nos a pensar e lutar por uma Vida Consagrada cada vez mais aprendiz, especialmente nesse contexto, interpelada a aprender da tragédia global como a pandemia.
Nesse ano jubilar somos convidados a deixar que o amor desperte em nós a consciência de sermos uma Vida Religiosa Consagrada universal, interdependente de tudo e de todos. É como gostamos de cantar: “Tudo está interligado, como se fôssemos um!” Que o amor nos sensibilize, cada vez mais, a sermos uma Vida Consagrada em saída, de mulheres e homens que têm pressa e disposição para correr ao encontro da vida que clama.
Nesta celebração do jubileu de prata do Dia da Vida Consagrada, é tempo de nos deixarmos inspirar pelo Evangelho do dia. Como o velho Simeão, pegar Jesus no colo e, com gratidão, rezar: “Agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação!” (Lc 2,29-30).
Jubileu é ação de graças, é alegria, é renascimento, é nova oportunidade, é recomeço porque, olhando o passado, há tanto que agradecer, vendo o presente, há tanto que abraçar e, vislumbrando o futuro, há uma missão que chama.
Deus seja louvado pelas maravilhas que espalhou no mundo ao longo da história por meio dos Consagrados e Consagradas. “O Pai dê a cada um e a cada uma um coração cheio de paz e incendiado de ardor para iluminarem o mundo”, afirma o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom João Francisco Salm.