Estudo, trabalho e família. São os três grandes pilares que definem o projeto de vida da jovem Mariana Aparecida de Almeida Souza, vice-presidente da Articulação da Juventude Salesiana (AJS). Mariana conheceu a AJS e as irmãs salesianas em 2015, na cidade de Rio das Ostras, RJ, onde morava a pouco tempo. Católica praticante, ela não conhecia os Salesianos até receber a visita de um grupo de jovens missionários católicos. “O grupo nos apresentou a AJS e nos fez o convite de participar dos demais dias da missão. Como não poderíamos, nos convidaram para nos juntarmos a eles à noite, momento em que se encontrariam para a partilha dos grupos. Resolvemos aceitar o convite (eu e meus dois irmãos) e, desde aquele dia, nunca mais deixei de participar”, relembra Mariana, afirmando, em tom de brincadeira, que ela e os irmãos foram pescados pela Missão Juvenil Salesiana das FMA.
Mariana sempre teve um projeto de vida voltado para os estudos e hoje, aos 27 anos, é professora de Ensino Religioso e Ciências. Atualmente, está em uma nova fase, pensando e planejando outras coisas, além dos estudos. E confessa que ao longo do tempo alterou e acrescentou outros planos ao seu projeto de vida inicial, embora tenham permanecido alguns itens como o amor pela docência e pelos salesianos. “Não me vejo em outra profissão, sou professora e amo o que faço; não me vejo longe dos salesianos, sou completamente apaixonada por essa família”.
O testemunho de Mariana exemplifica como ter um projeto de vida ajuda a saber onde queremos chegar e a não desistir, mesmo diante dos percalços.“Quando há um projeto de vida não nos contentamos com qualquer coisa, não desistimos. Buscamos inspirações e prosseguimos nossos caminhos e nossas histórias”, afirma a jovem, acrescentando que é justamente por meio do projeto de vida que conseguimos entender quem somos, quem queremos ser e o nosso papel no mundo.
Uma bússola para mostrar o caminho
Assim como Mariana, João Batista Dantas Junior, presidente da AJS, também acredita que possuir um projeto de vida ajuda a buscar nossos sonhos. “Hoje em dia é muito fácil termos caminhos que nos afastam dos nossos sonhos, seja pela opinião da sociedade ou dificuldades que aparecem em nossas vidas. O projeto de vida nos ajuda como se fosse essa bússola que sempre nos mostra qual o caminho que devemos seguir”, explica ele.
João chegou à AJS em 2016, pelos Salesianos. Na época ele já estava inserido no Grupo de Ação Missionária (GAM) de Itaquera, SP, e ajudava em algumas pastorais da comunidade. Por convite do então pároco, padre Alexandro Santana, foi encaminhado à Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora para participar de uma reunião. “Chegando lá fui apresentado à proposta para a reestruturação da AJS em São Paulo e realizarmos as formações para esse trabalho. Após esse processo iniciamos com oito localidades que conseguiram estruturar a AJS e, hoje, já contamos com mais dez localidades que possuem ou começaram a fazer essa estruturação”, relembra ele.
Os jovens falam sobre projeto de vida e vocação
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Um lugar de escuta e protagonismo
“A Articulação da Juventude Salesiana une em comunhão os jovens dos diversos grupos, associações e setores animados pela Espiritualidade Juvenil Salesiana para momentos de partilhas que os ajudam a amadurecer a suas atuações e a de seus grupos de modo que enriqueçam os seus projetos e trabalhos dentro das suas áreas de atuação, respeitando sempre a autonomia e a identidade de cada grupo”, explica João Batista.
Atualmente a AJS é formada por conselhos locais, inspetoriais e nacional. Cada grupo ou pastoral seleciona um jovem que será o seu representante, formando, assim, o conselho local. Após isso, o conselho local seleciona um jovem que será seu representante no conselho inspetorial e, por fim, o conselho inspetorial seleciona um jovem para fazer parte do conselho nacional. “O objetivo de toda essa estrutura é fazer com que o jovem seja realmente ouvido e, assim, os seus anseios, medos e esperanças sejam partilhados nacionalmente a fim de ter ações e projetos que realmente atendam a sua necessidade e realidade”, conta o presidente nacional da AJS.
Atualmente, cerca de cinco mil jovens participam da AJS, direta ou indiretamente. Eles estão inseridos em escolas, obras sociais e comunidades paroquiais, sendo que mais de 100 conselhos locais ajudam a acompanhar e assessorar esses jovens e seus grupos. Já o Conselho Nacional da AJS (CNAJS) faz esse acompanhamento por meio das inspetorias salesianas. Segundo João, a meta é que “toda comunidade, obra ou escola salesiana tenha o seu conselho da AJS, ampliando nossa rede de atuação em todo nosso território”.
A AJS busca junto aos jovens e seus grupos formas de compartilhar e trabalhar os seus anseios e dificuldades. E, a partir dessas partilhas, definir estratégias e ações para que o próprio jovem consiga se desenvolver e amadurecer dentro dos grupos, movimentos ou pastorais de que participa e, consequentemente, contribua para o amadurecimento dos demais jovens que fazem essa vivência com ele.
De acordo com João, por meio dessa partilha o jovem vai aprendendo que tem voz ativa e que pode exercer o seu real protagonismo na sua comunidade, na sociedade ou no seu trabalho. “Com essa visão, o jovem percebe que há algo a mais na vida e que é um direito dele correr atrás dos seus sonhos. Assim, começa a entender que o projeto de vida irá lhe auxiliar a conquistar aquilo que ele deseja”, comenta.