Dom Luciano está se referindo à missão de Jesus, como o eterno vocacionado do Pai. O mês de agosto celebra as vocações na Igreja e põe no centro das atenções a questão da animação vocacional. Por isso, prezado leitor, você encontrará nestas páginas muitas histórias de vocacionados à vida salesiana que, como Jesus, entregaram-se a uma missão e que procuram seguir o Mestre através de um modo concreto de vida, que um dia foi vivido por Dom Bosco e por Madre Mazzarello.
Como pessoas humanas, gostamos de narrativas. Elas ajudam a compreender e a dizer quem somos. Neste ano, ao escrever a carta para o Dia Mundial das Comunicações, o Papa Francisco falou sobre este assunto. O Boletim Salesiano procurou, então, escutar as narrativas de tantos vocacionados e transcrevê-las nestas páginas ou nos vídeos. Como diz Francisco, precisamos respirar a verdade de histórias boas, que edifiquem e que não destruam, como estamos acostumados a ver nas mídias. Histórias que nos ajudem a reencontrar as raízes salesianas e a força para prosseguirmos juntos a nossa missão. Não somos meros figurantes no palco deste mundo. Estamos com outras pessoas, nossos irmãos e irmãs que também ouviram a voz de Deus.
Certamente que cada uma destas histórias nasceu da escuta e do toque de Deus. É assim que nascem todas as vocações. Ser sensível à voz de Deus, para procurar o próprio lugar na vida. Ao mesmo tempo em que escutamos a voz de Deus, procuramos também escutar as vozes das pessoas que podem nos ajudar a discernir o melhor caminho a seguir, através do acompanhamento vocacional. Trata-se de um processo longo, no qual o vocacionado é ajudado a desenvolver o sentido e a sensibilidade da escuta.
Como Família Salesiana recordamos, neste mês de agosto, as vocações do Bem-aventurado Augusto Czartoryski (02), de Dom Bosco (16), São Francisco de Sales (21), Bem-aventurada Maria Troncatti (25) e do Bem-aventurado Zeferino Namuncurá (26). Um príncipe, herdeiro do trono da Polônia; um camponês; um nobre, herdeiro dos Sales; uma camponesa e um índio araucano que ouvem o chamado de Deus e o seguem. Cada um deles com uma história belíssima de realizações e de cumprimento da vontade de Deus. Tiveram muitas dificuldades para seguir o chamado, mas nunca desistiram, porque tinham a firme convicção de que Deus os chamava para colaborar na construção de um mundo melhor, do seu Reino.
Como lembra Francisco, “façamos memória daquilo que somos aos olhos de Deus, testemunhemos aquilo que o Espírito escreve nos nossos corações e revelemos a cada um que a nossa história contém maravilhas estupendas”.
