O padre polonês que se transformou no “herói” de um bairro peruano

Sexta, 17 Março 2017 00:52 Escrito por  ANS - Lima
Uma nova família formada por muitos irmãos, foi justamente isso que Kevin encontrou. O jovem peruano de 15 anos vivia com um tio em uma comunidade da região Junín, na serra do Peru. Sua rotina era ajudar a vender alguns produtos e para ir à escola, percorria uma jornada de oito horas de caminhada. Sua vida mudou quando mudou-se para a Casa de Acolhida Dom Bosco, em Breña, onde encontrou uma nova família.
“Nós somos família, somos uma comunidade que acolhe os jovens carentes de uma oportunidade”, intervém o P. Ryszard Lach Buksa. “Se não estivessem aqui, provavelmente estariam pelas ruas ou passando horas navegando pela internet”. “Herói do bairro”, assim foi chamado por uma revista. Chegou ao Peru com 23 anos e, desde então, o Salesiano missionário permaneceu no país.
 
A vocação que tem de serviço está impregnada em seu coração e foi adquirida de sua mãe. Ela trabalhava na Polônia, em um sanatório onde cuidava de crianças com tuberculose. A vocação de serviço é posta em prática no dia a dia ao conduzir uma família com 70 integrantes alojados na Casa de Acolhida Dom Bosco, que dirige atualmente.
 
Antes de terminar a longa jornada, “Ricardo”, como chamam a este padre polonês no Peru, submerge da escuridão da noite para compartilhá-la com os que dormem pelas ruas. “Esta é uma experiência enriquecedora”, destaca o missionário.
 
Embora muitos deles provenham de um ambiente agressivo, quando lhes é proposto um clima de ternura e respeito, tornam-se outras pessoas. “Nunca chamo os meus meninos de delinquentes ou possíveis ladrões, embora muitos deles tenham vindo dessa experiência”, comentou o missionário para a revista digital. “São os próprios rapazes que sempre decidem qual é o melhor caminho. São três pilares que sempre os mantêm em pé: fé, amor e razão. Aqui, nós lhes damos o que talvez sempre precisaram: amor”.
 
“Tudo o que eles têm aqui deve ser conquistado. Nada lhes é fácil. Com seu trabalho, por exemplo, oferecendo serviços de pintura, eletricidade ou limpeza entre outras coisas, conseguem manter algum pecúlio em uma conta corrente criada para cada um deles. Além disso, na Casa de Acolhida Dom Bosco aprendem diversos ofícios como padeiro, pasteleiro e criação de produtos artesanais”.
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Última modificação em Terça, 28 Março 2017 21:40

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O padre polonês que se transformou no “herói” de um bairro peruano

Sexta, 17 Março 2017 00:52 Escrito por  ANS - Lima
Uma nova família formada por muitos irmãos, foi justamente isso que Kevin encontrou. O jovem peruano de 15 anos vivia com um tio em uma comunidade da região Junín, na serra do Peru. Sua rotina era ajudar a vender alguns produtos e para ir à escola, percorria uma jornada de oito horas de caminhada. Sua vida mudou quando mudou-se para a Casa de Acolhida Dom Bosco, em Breña, onde encontrou uma nova família.
“Nós somos família, somos uma comunidade que acolhe os jovens carentes de uma oportunidade”, intervém o P. Ryszard Lach Buksa. “Se não estivessem aqui, provavelmente estariam pelas ruas ou passando horas navegando pela internet”. “Herói do bairro”, assim foi chamado por uma revista. Chegou ao Peru com 23 anos e, desde então, o Salesiano missionário permaneceu no país.
 
A vocação que tem de serviço está impregnada em seu coração e foi adquirida de sua mãe. Ela trabalhava na Polônia, em um sanatório onde cuidava de crianças com tuberculose. A vocação de serviço é posta em prática no dia a dia ao conduzir uma família com 70 integrantes alojados na Casa de Acolhida Dom Bosco, que dirige atualmente.
 
Antes de terminar a longa jornada, “Ricardo”, como chamam a este padre polonês no Peru, submerge da escuridão da noite para compartilhá-la com os que dormem pelas ruas. “Esta é uma experiência enriquecedora”, destaca o missionário.
 
Embora muitos deles provenham de um ambiente agressivo, quando lhes é proposto um clima de ternura e respeito, tornam-se outras pessoas. “Nunca chamo os meus meninos de delinquentes ou possíveis ladrões, embora muitos deles tenham vindo dessa experiência”, comentou o missionário para a revista digital. “São os próprios rapazes que sempre decidem qual é o melhor caminho. São três pilares que sempre os mantêm em pé: fé, amor e razão. Aqui, nós lhes damos o que talvez sempre precisaram: amor”.
 
“Tudo o que eles têm aqui deve ser conquistado. Nada lhes é fácil. Com seu trabalho, por exemplo, oferecendo serviços de pintura, eletricidade ou limpeza entre outras coisas, conseguem manter algum pecúlio em uma conta corrente criada para cada um deles. Além disso, na Casa de Acolhida Dom Bosco aprendem diversos ofícios como padeiro, pasteleiro e criação de produtos artesanais”.
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