Dom Bosco, proclamado Pai e Mestre da Juventude pelo papa João Paulo II, dedicou-se integralmente à educação e à evangelização dos jovens, especialmente os mais carentes. Realizou essa missão de maneira incansável e inovadora. Implementou um sistema educativo e uma prática pedagógica que tiveram – e têm ainda hoje – grande influência nas áreas da educação formal, do ensino profissionalizante e da ação social.

Entre tantos aspectos que poderiam ser ressaltados nos ensinamentos de Dom Bosco está a sua confiança na juventude como protagonista de grandes transformações. É a esta mesma confiança e à mesma dedicação do fundador aos jovens que nos chama o reitor-mor dos Salesianos, padre Ángel Fernández Artime, ao propor o tema da Estreia para o ano do Bicentenário: “Como Dom Bosco, com os jovens, para os jovens”.

Quem foi Dom Bosco

Nascido em Castelnuovo d'Asti, na Itália, em 16 de agosto de 1815, João Bosco foi educado pela mãe nos princípios da fé e da caridade. Aos 9 anos, teve seu primeiro sonho profético, a partir do qual começou a se dedicar à educação da juventude. Ainda menino, usava suas habilidades de mágica e brincadeiras para aproximar os outros garotos da oração e dos princípios evangélicos.

Foi ordenado sacerdote em 1841 e escolheu como lema para sua vida religiosa a frase: Da mihi animas cetera tolle (Gn 14,2 1) e iniciou seu apostolado junto aos jovens mais pobres. Defendia firmemente que era preciso “prevenir e não reprimir”, e nesta perspectiva iniciou para os meninos da Turim recém-ingressa na era da industrialização um espaço onde eles podiam aprender um ofício, aproximar-se da Palavra de Deus e brincar: o Oratório de Valdocco. Dom Bosco foi assim um dos primeiros a compreender que a criança e o adolescente precisavam ser educados, protegidos e incentivados a novas perspectivas de vida. Seu sistema preventivo era baseado no tripé: razão, religião e “amorevolezza” (amor educativo).

Mesmo nos momentos mais difíceis, mantinha e propagava sempre a esperança, baseada na ilimitada confiança em Maria Auxiliadora. A fé em Maria fundamenta também a Família Salesiana, o “amplo movimento em favor da juventude” iniciado por Dom Bosco. Ele mesmo fundou a Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco – SDB); os Salesianos Cooperadores, ramo leigo formado por homens e mulheres; e, junto como Maria Domingas Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas – FMA). Atualmente, 30 congregações, institutos e movimentos são oficialmente reconhecidos como pertencentes à Família Salesiana.

Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888, e seu corpo repousa na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, Itália. Foi canonizado em 1º de abril de 1934.

Em todo o mundo

Iniciado na Itália do final século XIX, o carisma de Dom Bosco espalhou-se por todo o mundo e hoje está presente nos cinco continentes. Essa dimensão missionária é outro aspecto que está presente desde as origens da congregação: Dom Bosco acreditava que era preciso ir ao encontro dos jovens mais carentes, onde quer que estivessem. Com este espírito, celebrou o mandato missionário dos primeiros 10 salesianos que, em 11 de novembro de 1875, partiram da Itália para a Patagônia, na Argentina. A eles entregou o Crucifixo Missionário e a incumbência de zelar pelos jovens em uma nova fronteira.

Desde então, anualmente, é feito o envio missionário de Salesianos, Filhas de Maria Auxiliadora, Salesianos Cooperadores e jovens de ONGs salesianas, que partem de seus países de origem para desenvolver em outras nações o carisma salesiano. Esses missionários auxiliam os trabalhos realizados pela Família Salesiana, que hoje está presente em cerca de 130 países, com obras voltadas para a educação, a assistência e o desenvolvimento dos jovens e suas famílias.

Com informações de: InfoANS e Salesianos de Dom Bosco – www.sdb.org