De acordo com as organizadoras, a coletiva visa a sensibilizar e informar a sociedade civil, em especial os grupos mais vulneráveis sobre o Tráfico de Pessoas e a Exploração Sexual. Objetiva ainda, alertar sobre o risco do crescimento do crime e outras formas de violação dos Direitos Humanos durante megaeventos como a Copa do Mundo e enfatiza o tema da Campanha da Fraternidade 2014 “Fraternidade e Tráfico Humano”.
Coordenadora Nacional da Rede, a socióloga e religiosa, Eurides de Oliveira, falou sobre a importância e o significado do evento. “Lançar a Campanha de prevenção ao Tráfico antes e durante a Copa de 2014 é uma oportunidade singular para dar maior visibilidade ao problema do Tráfico, momento de contribuir para coibir o seu crescimento e chamar a atenção da população para este crime que existe em dimensões tão abrangentes, mas que é bastante invisível para a sociedade”, disse.
Informações do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), revelam que cerca de 600 mil visitantes estrangeiros e três milhões de viajantes nacionais deverão circular no país em busca de diversão durante a Copa do Mundo.
Copa do Mundo preocupa a Igreja e o Estado
Em entrevista à Folha de São Paulo, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo U. Steiner, disse que a Igreja está preocupada com o aumento do Tráfico de Pessoas e a Exploração Sexual durante a Copa do Mundo. “Sabemos que o Tráfico e Exploração Sexual podem aumentar durante a Copa pela presença de estrangeiros e de brasileiros viajantes”, relatou.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico Humano, deputado Arnaldo Jordy, em entrevista exclusiva à CRB Nacional afirmou que o governo também está preocupado com o crescimento do crime durante o evento. “A Copa do Mundo é uma preocupação por causa das obras, por causa do mercado de trabalho escravo e porque esse mercado da prostituição cresce em grandes eventos pois, a circulação de dinheiro é maior e o mercado também se aquece, mas estamos falando do bem jurídico mais importante que é a vida humana”.
Acrescentou ainda que, a CPI encaminhou um conjunto de medidas aos governos dos Estados para ampliar e melhorar a rede de enfrentamento do crime. “Aparelhar melhor o Estado, providenciar o cadastro único nacional que não temos, melhorar o diálogo entre as policias federais e estaduais e criar órgãos que possam fiscalizar e atender as vítimas de forma mais eficaz”, concluiu.
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