“Sou grato ao Senhor porque pude conviver com os mais pobres”

Quinta, 29 Julho 2021 15:56 Escrito por  Agência Info Salesiana
 “Sou grato ao Senhor porque pude conviver com os mais pobres...”, afirma o padre Piero Gavioli, que há 55 anos vive na África onde se dedica aos jovens em situação de rua.


Bukavu é uma populosa cidade da República Democrática do Congo e residência do padre Piero Gavioli, salesiano, de 79 anos, 55 dos quais vividos no país africano. Antes, ele morou durante cerca de 40 anos em Lubumbashi, onde além de dirigir uma paróquia e lecionar no seminário, era responsável pela Pastoral Juvenil da diocese; e seis anos em Goma, onde dirigiu um grande centro com oratório, escola profissionalizante, orfanato e abrigo para mães solteiras. Depois disso, foi enviado a Bukavu com outros cinco salesianos para dirigir uma pequena escola profissionalizante que havia sido confiada aos filhos de Dom Bosco pelos missionários xaverianos. “Estou feliz porque a maioria dos jovens consegue se empregar assim que termina o curso”, revela.

Hoje, o instituto é reconhecido pelo Estado e oferece todos os anos cursos gratuitos de alvenaria, solda e conserto, carpintaria e mecânica automotiva para mais de 100 meninos em situação de rua. Os cursos da escola têm duração de 13 meses: dois dedicados à alfabetização, oito à formação profissional e três a estágios com artesãos e empresas locais.

“Fico feliz que os jovens dos cursos de agricultura, culinária e alfaiataria, promovidos na grande fazenda que nos foi cedida pela diocese, também consigam encontrar trabalho”, acrescenta o padre Piero.

Em Bukavu, os salesianos também abriram um pequeno internato onde, a cada ano, acolhem 20 meninos em situação de rua, cuidam deles, ajudam-nos a retomar os estudos e procuram reintegrá-los às suas famílias. Vendo a realidade destes menores, que muitas vezes acabam nas ruas porque suas famílias não podem mantê-los na escola, os salesianos iniciaram um projeto de apoio à distância que beneficia de 600 a 800 crianças todos os anos.

Para atuar mais profundamente nas condições das famílias com percursos de autoajuda, “passamos a convidar as mães para participarem dos grupos de crédito e poupança 'AVEC', que fundamos para permitir aos mais pobres o acesso a créditos e promover a solidariedade. Atualmente o projeto conta com duas mil mães, que melhoraram significativamente sua situação econômica e têm agora condições de mandar seus filhos para a escola”, acrescenta o salesiano.

Em relação aos projetos futuros, ele diz: “depois do Capítulo Geral, os missionários xaverianos, optaram por retomar a direção da escola profissional de Bukavu. A transição ocorrerá daqui a um ano. Nós, salesianos, permaneceremos na cidade e pretendemos abrir uma escola profissional, um oratório e atividades para os meninos de rua e as famílias que ajudamos. Não temos os recursos necessários, mas confiamos na providência”.

Pensando nos anos que passou no Congo, ele conclui: “não faltam as alegrias cotidianas vindas das crianças e adultos que ajudamos, dos jovens que entram nos seminários, dos que vêm rezar e pedir para fazer parte da Igreja Católica. Agradeço ao Senhor porque sempre pude conviver com os mais pobres e vulneráveis: este sempre foi o meu desejo”.

Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quinta, 29 Julho 2021 16:13

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Quinta, 29 Julho 2021 15:56 Escrito por  Agência Info Salesiana
 “Sou grato ao Senhor porque pude conviver com os mais pobres...”, afirma o padre Piero Gavioli, que há 55 anos vive na África onde se dedica aos jovens em situação de rua.


Bukavu é uma populosa cidade da República Democrática do Congo e residência do padre Piero Gavioli, salesiano, de 79 anos, 55 dos quais vividos no país africano. Antes, ele morou durante cerca de 40 anos em Lubumbashi, onde além de dirigir uma paróquia e lecionar no seminário, era responsável pela Pastoral Juvenil da diocese; e seis anos em Goma, onde dirigiu um grande centro com oratório, escola profissionalizante, orfanato e abrigo para mães solteiras. Depois disso, foi enviado a Bukavu com outros cinco salesianos para dirigir uma pequena escola profissionalizante que havia sido confiada aos filhos de Dom Bosco pelos missionários xaverianos. “Estou feliz porque a maioria dos jovens consegue se empregar assim que termina o curso”, revela.

Hoje, o instituto é reconhecido pelo Estado e oferece todos os anos cursos gratuitos de alvenaria, solda e conserto, carpintaria e mecânica automotiva para mais de 100 meninos em situação de rua. Os cursos da escola têm duração de 13 meses: dois dedicados à alfabetização, oito à formação profissional e três a estágios com artesãos e empresas locais.

“Fico feliz que os jovens dos cursos de agricultura, culinária e alfaiataria, promovidos na grande fazenda que nos foi cedida pela diocese, também consigam encontrar trabalho”, acrescenta o padre Piero.

Em Bukavu, os salesianos também abriram um pequeno internato onde, a cada ano, acolhem 20 meninos em situação de rua, cuidam deles, ajudam-nos a retomar os estudos e procuram reintegrá-los às suas famílias. Vendo a realidade destes menores, que muitas vezes acabam nas ruas porque suas famílias não podem mantê-los na escola, os salesianos iniciaram um projeto de apoio à distância que beneficia de 600 a 800 crianças todos os anos.

Para atuar mais profundamente nas condições das famílias com percursos de autoajuda, “passamos a convidar as mães para participarem dos grupos de crédito e poupança 'AVEC', que fundamos para permitir aos mais pobres o acesso a créditos e promover a solidariedade. Atualmente o projeto conta com duas mil mães, que melhoraram significativamente sua situação econômica e têm agora condições de mandar seus filhos para a escola”, acrescenta o salesiano.

Em relação aos projetos futuros, ele diz: “depois do Capítulo Geral, os missionários xaverianos, optaram por retomar a direção da escola profissional de Bukavu. A transição ocorrerá daqui a um ano. Nós, salesianos, permaneceremos na cidade e pretendemos abrir uma escola profissional, um oratório e atividades para os meninos de rua e as famílias que ajudamos. Não temos os recursos necessários, mas confiamos na providência”.

Pensando nos anos que passou no Congo, ele conclui: “não faltam as alegrias cotidianas vindas das crianças e adultos que ajudamos, dos jovens que entram nos seminários, dos que vêm rezar e pedir para fazer parte da Igreja Católica. Agradeço ao Senhor porque sempre pude conviver com os mais pobres e vulneráveis: este sempre foi o meu desejo”.

Fonte: Agência Info Salesiana

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