A emoção e a alegria entre os fiéis era nítida, e pessoas de todo o mundo, religiosos ou não, emanavam da mesma fé, como o grupo da 147ª Expedição Missionaria Salesiana que esteve presente na Praça de São Pedro.
Mas foi a cerca de 8804 km (5470 milhas ou 8804 milhas marítimas) do Vaticano que, em Manaus, um salesiano lembrava, com emoção, de seu encontro com Madre Tereza.
“Faz mais ou menos 19 anos que tive a oportunidade de encontrar uma pessoa extraordinária: Santa Tereza de Calcutá! Foi em Roma quando eu estava cursando o último ano de Teologia. Durante o encontro na casa das Irmãs da Caridade conversamos longamente com ela! Não havia outras pessoas, somente nós, salesianos e ela.” Contou o inspetor da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, padre Francisco Alves de Lima, que continuou.
“Com amabilidade e profundidade ela nos falou da sua vida, vocação e, sobretudo, dos seus pobres. Ela nos explicou, juntando as duas mãos em uma atitude de oração que a sua humilde e irrenunciável tarefa era levar as pessoas a se encontrar com Deus e levar Deus a todas as pessoas. Impressionava a força de suas palavras, o brilho dos seus olhos, sua face enrugada e bela! Anos depois quando li suas cartas pude entender que estive próximo de uma grande mística e pessoa devotada aos últimos. No final do encontro ela nos presenteou com um largo sorriso, um aperto de mão e uma pequena medalha de Nossa Senhora!”, contou padre Chicão, como é carinhosamente chamado.
É com as mesmas impressões de padre Chicão, que muitas pessoas levam consigo seu exemplo de mulher humilde, forte, guerreira, caridosa e encontram em Madre Teresa de Calcutá um sentimento muito além de um exemplo.
Vivian Marler