Luiz Antonio falou sobre a importância da literatura e de como ela deve “entrar nas pessoas” para ter significado e ajudar a entender melhor os sentimentos e a sociedade. Os estudantes estão trabalhando com três de seus livros: “Dona Revirada”, “Sonhos em amarelo: o garoto que não esqueceu Van Gogh” e “Os anjos contam histórias”, da Editora Melhoramentos.
O autor, que tem mais de 150 títulos infantojuvenis publicados, disse que começou “a viver” quando leu “A chave do tamanho”, de Monteiro Lobato, história na qual as crianças tomam o poder no mundo. A partir daí, as palavras, em prosa e verso, entraram, definitivamente, em sua vida.
A professora de Língua Portuguesa, Telma Bahia, lembrou o quanto é importante ao leitor descobrir o autor que existe por trás dos livros. “Estar diante de um profissional que nos fala que escrever exige uma atenção, um cuidado com a palavra, uma reescrita do texto é, sem dúvida, motivo de inspiração e exemplo para os alunos que atuam nas oficinas de escritores”, analisou. Ela trabalhou em parceria com Sônia Lara, professora de Artes, que desenvolveu com os alunos painéis sobre “Sonhos em amarelo”.
Os alunos do 8º ano, com a orientação de Rafael dos Anjos, professor de História, leram “Os anjos contam histórias”, um suspense que tem como contexto a Inconfidência Mineira e as obras de Aleijadinho, um dos principais representantes do Barroco brasileiro. A aluna Clara Bianchi, do 8º ano, adorou a palestra do autor. “Ele interage bem com os adolescentes. O jeito que ele fala cativa a gente. Sem falar que o livro dá detalhes dos acontecimentos históricos. Conseguimos realmente imaginar como tudo aconteceu”, ressaltou.
Palavras que voam
Para a diretora do Colégio Auxiliadora, irmã Adair Sberga, “o escritor é sempre uma pessoa muito especial, porque transforma o que existe dentro dele em palavras, que voam até o coração das pessoas”. A aluna Kananda Coellho Hussar, do 7o ano, que leu “Sonhos em amarelo”, contou que a história é bem emocionante e que ficou arrepiada ao se imaginar dentro de uma cena na qual o personagem corta a própria orelha – o livro narra como seria a convivência de um garoto de 11 anos com Van Gogh, um dos maiores gênios da pintura mundial.
A estudante Isadora Mazzucato, também do 5o ano, que leu “Dona Revirada”, disse que foi excelente encontrar o escritor e conseguir tirar as dúvidas que tinha. “Eu achei muito interessante quando ele afirmou que deixa um espaço para o leitor imaginar o que acha da história”, salientou. “Revirada” trata de temas como velhice, morte e o enfrentamento dos medos. “Para receber o escritor Luiz Antonio Aguiar, vários painéis que retratam os livros foram confeccionados pelos alunos, como uma forma de homenagear o autor”, explica Monalisa Biagini, professora do 5o ano.