A palavra “coração” também é muito usada por São Francisco de Sales como um recurso à sensibilidade e à emoção, pela necessidade de enfrentar a aridez calvinista e pela pastoral da vivência cristã na esperança e no amor. Na espiritualidade salesiana, a "maneira de proceder" inicia com o coração. Quem tem Jesus no coração, logo o terá em suas manifestações exteriores e se Jesus vive em nosso coração, logo viverá também em nossa conduta e se manifestará em nossos olhos, nossa boca e nossas mãos. Em todos os lugares.
Com esse espírito salesiano, preparamos os jovens para a vida. Lendo as páginas deste Boletim Salesiano, o leitor perceberá que todo ele está voltado para este assunto. Não importa onde o jovem está: seja num campo de refugiados, descrito pelo Reitor-mor, seja na obra social, na comunidade paroquial ou na escola, a Família Salesiana, seguindo as pegadas de Dom Bosco, preocupa-se com a vida dos jovens e como responder aos desafios que hoje acontecem e que muitas vezes geram situações de incerteza, crise e o pior de tudo, de morte.
Dom Bosco lutou para transformar os jovens em cidadãos trabalhadores e bons pais de família. Junto com o emprego estável, com a religião, com a educação moral e a formação do bom cidadão ele defendeu o direito dos jovens. Hoje lutamos para integrar e incluir todas as pessoas nesse processo educativo. Como educadores salesianos somos chamados a cultivar atitudes de empatia, abertura, diálogo, acompanhamento, discernimento, otimismo, preventividade, criatividade, cuidado, a “encarnar” o Evangelho em cada realidade juvenil e transformar-nos em companheiros de viagem com os jovens, fazendo projetos conforme suas demandas, e gostando daquilo que eles gostam.
A Família Salesiana também se alegra pelos 100 anos de história das Voluntárias de Dom Bosco. Como disse o Reitor-mor, este século de vida não pode “ser fruto somente de um programa humano: são a manifestação da vontade de Deus; e por isso a festa das VDB é uma grande festa para toda a Família Salesiana”.
Tudo isso nos dá a certeza de que Deus nos deu um coração para amar, do jeito que Jesus nos amou e se entregou por nós.