Maria Auxiliadora zela pelo diálogo entre a Igreja e a China

Quinta, 27 Setembro 2018 12:43 Escrito por  ANS
Uma missão tão importante e delicada só poderia ser confiada a Maria Auxiliadora: a Madonna de Dom Bosco, a Virgem que o Papa Francisco homenageava todos os dias 24 de cada mês, desde que ele era bispo em Buenos Aires e, acima de tudo, o princípio ao qual os milhões de católicos na China estão mais ligados.  

Por ocasião do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, e na conclusão de sua carta pastoral aos fiéis na China, o Papa Francisco oferece um novo passo de aproximação entre o Vaticano e Pequim, aos cuidados da Mãe Celestial.

 

O acordo provisório entrou em vigor só depois de muitos anos de trabalho preparatório: "São tempos de Deus, que se assemelham ao tempo chinês: lento", brincou, mas nem tanto, o Papa Francisco ao retornar de avião da Estônia para o Vaticano.

 

Esta é uma negociação em que, como o Papa sempre explicou, ambas as partes tiveram que abrir mão de algo. Para alguns representa também uma fonte de "dúvidas e perplexidades",  admitiu o pontífice em sua carta. Talvez porque aqueles que precisaram suportar, durante anos, as dificuldades e problemas de viver na chamada "Igreja clandestina", hoje podem questionar  "o valor dos sofrimentos enfrentados para viver em fidelidade ao Sucessor de Pedro".

 

O Santo Padre não ignora este fato: "Tais experiências dolorosas pertencem ao tesouro espiritual da Igreja, da China e de todo o povo de Deus". No entanto, ele olha para a China "como uma terra cheia de grandes oportunidades e para o povo chinês como o arquiteto e guardião de uma herança inestimável de cultura e sabedoria".

 

Sobre o tema específico da nomeação dos bispos, o Papa assegurou "que a nomeação é de Roma; a nomeação é do Papa", o diálogo se dá na fase anterior, que é a identificação dos candidatos. De qualquer maneira, o acordo representa um ponto de virada da Igreja Católica na China, uma vez que, pela primeira vez, introduz elementos estáveis ​​de colaboração e segue em direção à uma reconstrução da unidade plena e visível da Igreja.

 

"O diálogo é um risco, mas eu prefiro o risco à derrota certa de não falar", já havia manifestado, meses atrás, o Santo Padre. Para o futuro, é sempre preciso olhar para cima: "Maria, Auxiliadora, para a China pedimos-lhe dias de bênção e paz", conclui-se assim a oração feita pelo Papa Francisco para esta missão especial.

 

Leia AQUI a Mensagem do Papa Francisco aos Católicos chineses e à Igreja universal

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Maria Auxiliadora zela pelo diálogo entre a Igreja e a China

Quinta, 27 Setembro 2018 12:43 Escrito por  ANS
Uma missão tão importante e delicada só poderia ser confiada a Maria Auxiliadora: a Madonna de Dom Bosco, a Virgem que o Papa Francisco homenageava todos os dias 24 de cada mês, desde que ele era bispo em Buenos Aires e, acima de tudo, o princípio ao qual os milhões de católicos na China estão mais ligados.  

Por ocasião do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, e na conclusão de sua carta pastoral aos fiéis na China, o Papa Francisco oferece um novo passo de aproximação entre o Vaticano e Pequim, aos cuidados da Mãe Celestial.

 

O acordo provisório entrou em vigor só depois de muitos anos de trabalho preparatório: "São tempos de Deus, que se assemelham ao tempo chinês: lento", brincou, mas nem tanto, o Papa Francisco ao retornar de avião da Estônia para o Vaticano.

 

Esta é uma negociação em que, como o Papa sempre explicou, ambas as partes tiveram que abrir mão de algo. Para alguns representa também uma fonte de "dúvidas e perplexidades",  admitiu o pontífice em sua carta. Talvez porque aqueles que precisaram suportar, durante anos, as dificuldades e problemas de viver na chamada "Igreja clandestina", hoje podem questionar  "o valor dos sofrimentos enfrentados para viver em fidelidade ao Sucessor de Pedro".

 

O Santo Padre não ignora este fato: "Tais experiências dolorosas pertencem ao tesouro espiritual da Igreja, da China e de todo o povo de Deus". No entanto, ele olha para a China "como uma terra cheia de grandes oportunidades e para o povo chinês como o arquiteto e guardião de uma herança inestimável de cultura e sabedoria".

 

Sobre o tema específico da nomeação dos bispos, o Papa assegurou "que a nomeação é de Roma; a nomeação é do Papa", o diálogo se dá na fase anterior, que é a identificação dos candidatos. De qualquer maneira, o acordo representa um ponto de virada da Igreja Católica na China, uma vez que, pela primeira vez, introduz elementos estáveis ​​de colaboração e segue em direção à uma reconstrução da unidade plena e visível da Igreja.

 

"O diálogo é um risco, mas eu prefiro o risco à derrota certa de não falar", já havia manifestado, meses atrás, o Santo Padre. Para o futuro, é sempre preciso olhar para cima: "Maria, Auxiliadora, para a China pedimos-lhe dias de bênção e paz", conclui-se assim a oração feita pelo Papa Francisco para esta missão especial.

 

Leia AQUI a Mensagem do Papa Francisco aos Católicos chineses e à Igreja universal

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