Um ano depois do reencontro da relíquia

Sexta, 15 Junho 2018 11:40 Escrito por  ANS
Um ano depois do reencontro da relíquia O diretor do ‘Colle Don Bosco’, padre Luca Barone Foto: ANS
Um roubo que desperta a atenção de todo o mundo, duas semanas de apreensão e investigações, enfim o resgate que oferece o alívio em todos os devotos de Dom Bosco – faz exatamente um ano, em 15 de junho, que os ‘Carabinieri’, de Ásti (Piemonte), recuperaram a ampola com uma parte do cérebro do ‘Santo dos Jovens’. E, à distância de doze meses, como testemunha o diretor do ‘Colle Don Bosco’, padre Luca Barone, a devoção do povo a Dom Bosco aumentou.  

O que se lembra daqueles dias?

Sei que, de um episódio tão triste como o do furto da relíquia, irromperam valiosas golfadas de luz. A primeira se refere ao eco mundial e mediático da notícia, o que confirma o interesse e o afeto pelo Santo Dom Bosco. Como salesianos, tivemos a sensação de um abraço mundial.

O segundo feixe de luz brotou desta mesma terra, que se demonstrou intimamente ligada à figura de Dom Bosco. Foi como se tivessem roubado uma parte de si, tantos os chamados telefônicos, os rogos, os testemunhos de solidariedade recebidos.

A terceira iluminação foi a de tocar com mãos a paixão e a competência dos investigadores.

 

Um ano depois, o que permanece de todo esse acontecimento?

Paradoxalmente esse furto veio reforçar o poder simbólico da relíquia. Aumentou o acesso de fiéis que ali se recolhem para manter um contato sacro com o corpo do Santo. Desde a criança que, com olhos para a relíquia, toca com a mãozinha a teca, até ao adulto que se ajoelha e reza perante ela.

 

Na época do furto alguém tachou de anacronismo a devoção às relíquias. É realmente uma forma superada?

Não! É antes profundamente moderna. Numa época dominada mais pela realidade de quanto é concreto do que pela realidade espiritual, o contato direto dos fiéis com o corpo de um Santo responde a esta exigência de visualização da própria fé. Se, depois, alguém se detiver a analisar os peregrinos que se voltam à relíquia, verá que são muitos os que rezam, mas muitos mais os que se dirigem diretamente à ampola como se falassem pessoalmente com Dom Bosco. E que muitos outros ainda deixam bilhetes com intenções (bilhetes que são sempre recolhidos, conservados e lembrados nas Santas Missas).

 

A reposição da ampola ocorreu no dia do aniversário de Dom Bosco, perante centenas de jovens. Por quê?

Porque restituindo-a aos jovens, foi como restituí-la a todos. Os Jovens são o... oovo de Dom Bosco!

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Um ano depois do reencontro da relíquia

Sexta, 15 Junho 2018 11:40 Escrito por  ANS
Um ano depois do reencontro da relíquia O diretor do ‘Colle Don Bosco’, padre Luca Barone Foto: ANS
Um roubo que desperta a atenção de todo o mundo, duas semanas de apreensão e investigações, enfim o resgate que oferece o alívio em todos os devotos de Dom Bosco – faz exatamente um ano, em 15 de junho, que os ‘Carabinieri’, de Ásti (Piemonte), recuperaram a ampola com uma parte do cérebro do ‘Santo dos Jovens’. E, à distância de doze meses, como testemunha o diretor do ‘Colle Don Bosco’, padre Luca Barone, a devoção do povo a Dom Bosco aumentou.  

O que se lembra daqueles dias?

Sei que, de um episódio tão triste como o do furto da relíquia, irromperam valiosas golfadas de luz. A primeira se refere ao eco mundial e mediático da notícia, o que confirma o interesse e o afeto pelo Santo Dom Bosco. Como salesianos, tivemos a sensação de um abraço mundial.

O segundo feixe de luz brotou desta mesma terra, que se demonstrou intimamente ligada à figura de Dom Bosco. Foi como se tivessem roubado uma parte de si, tantos os chamados telefônicos, os rogos, os testemunhos de solidariedade recebidos.

A terceira iluminação foi a de tocar com mãos a paixão e a competência dos investigadores.

 

Um ano depois, o que permanece de todo esse acontecimento?

Paradoxalmente esse furto veio reforçar o poder simbólico da relíquia. Aumentou o acesso de fiéis que ali se recolhem para manter um contato sacro com o corpo do Santo. Desde a criança que, com olhos para a relíquia, toca com a mãozinha a teca, até ao adulto que se ajoelha e reza perante ela.

 

Na época do furto alguém tachou de anacronismo a devoção às relíquias. É realmente uma forma superada?

Não! É antes profundamente moderna. Numa época dominada mais pela realidade de quanto é concreto do que pela realidade espiritual, o contato direto dos fiéis com o corpo de um Santo responde a esta exigência de visualização da própria fé. Se, depois, alguém se detiver a analisar os peregrinos que se voltam à relíquia, verá que são muitos os que rezam, mas muitos mais os que se dirigem diretamente à ampola como se falassem pessoalmente com Dom Bosco. E que muitos outros ainda deixam bilhetes com intenções (bilhetes que são sempre recolhidos, conservados e lembrados nas Santas Missas).

 

A reposição da ampola ocorreu no dia do aniversário de Dom Bosco, perante centenas de jovens. Por quê?

Porque restituindo-a aos jovens, foi como restituí-la a todos. Os Jovens são o... oovo de Dom Bosco!

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