Quando os estrondos do Vulcão de Fogo se acalmaram, a lava parou de deslizar em toda a zona e os gases evaporaram nas alturas, as pessoas foram em busca de seus familiares. Encontraram pelo caminho o que parecia um filme de terror. As experiências começam a ser contadas.
“Deitada no chão do albergue de Escuintla, Olga González, de 46 anos, recorda a fuga. ‘Ali ficaram meu pai e minha sobrinha. A pequena entrou em busca do avô e não voltou mais. Se a esperássemos morreríamos todos e começamos a correr’, diz mostrando os pés feridos pelas queimaduras. ‘Não houve tempo para nada, o rio de lava vinha para cima de nós e era preciso correr. Só podíamos correr e chorar, sem olhar para trás’, rememora. Ao seu lado, Domingo López, de 79 anos, recorda com os pés cheios de chagas e feridas, que se fechou em sua casa e ficou esperando até que o vapor de água se tornou insuportável e alguém o resgatou por uma janela. ‘Deus tenha em sua glória todos os que ficaram para trás’” – escrevia de Escuintla J. García.
“O Santo Padre, profundamente penalizado ao saber da triste notícia da violenta erupção do Vulcão de Fogo, que causou numerosas vítimas e danos materiais ingentes que afetaram um significativo número de habitantes da região, oferece sufrágios pelo eterno descanso dos mortos e orações por todos os que sofrem as consequências desse desastre natural”, afirma um telegrama da Santa Sé.
A paróquia salesiana do “Espírito Santo” deu início, há alguns dias, a uma campanha de ajuda, enquanto a Universidade Mesoamericana converteu-se em centro de provisões que recebe alimentos não perecíveis, principalmente água.
As Damas Salesianas uniram-se ao apelo mundial de ajuda e solidariedade. “Há muitas pessoas que estão ajudando no trabalho de busca e resgate, as condições em que estão trabalhando são muito perigosas... Queremos apelar ao seu bom coração e amor a Deus para que ajudemos essas pessoas”, escreviam em seu Facebook.
Fonte: ANS