Dia Internacional das Meninas e Jovens: o exemplo de Kanchan

Quarta, 11 Outubro 2017 12:48 Escrito por  Info ANS
Kanchan Kumari Sao é uma das muitas jovens indianas salvas e instruídas pelas escolas salesianas. Para ela estava previsto um casamento aos 16 anos, mas o pai, analfabeto, quis que continuasse os estudos, e hoje Kanchan quer entrar numa empresa toda feminina, criar oportunidades de trabalho para as moças da sua aldeia e impedir que se casem muito jovens. Por ocasião do Dia Internacional das Meninas e das Jovens, celebrado hoje, 11 de outubro, a sua história é um modelo a seguir.  

Meu pai sempre foi o meu herói. Mesmo analfabeto, quis que os filhos estudassem. E enfrentou a vontade da família, que me queria dar como esposa aos 16 anos. E eis-me aqui, já tendo passado há tempo dos 18 anos, e ainda estudo – e sou muito feliz! É um grande passo para uma jovem tribal “adivasi”, filha de um pai analfabeto e proveniente de uma remota aldeia da floresta de Jharkhand.

 

Tomada a decisão de continuar os estudos, a questão seguinte era o que estudar. Aconselharam-me o DBSERI (Don Bosco Self-Employment Research Institute – Instituto Salesiano para a busca de trabalho por conta própria) em Mirpara, e eu optei por Engenharia Civil.

 

O DBSERI infunde confiança em nós mesmos, além de oferecer-nos competências sobre construções. Como alunos, começamos a perceber que podemos fazer um trabalho de qualidade e até mesmo criar, construir e administrar uma empresa de nossa propriedade. Algumas aulas referem-se ao modo de administrar uma pequena empresa. Ao mesmo tempo, outras atividades visam construir a nossa personalidade.

 

Estou cursando o último ano e observando a “Nariprise” do DBSERI, que significa “empresa de mulheres”. A “Nariprise” é ainda muito pequena, mas logo faremos algo maior e melhor. Não temos dinheiro para investir, mas investimos em nós mesmas e apostamos no nosso futuro.

 

Eu tenho vários sonhos. O primeiro é construir uma casa para mim. O segundo é ter a minha própria empresa de construção. Ganharei e darei trabalho a outros, sobretudo às mulheres. Também tenho um sonho pelas jovens da minha aldeia: elas não devem casar-se muito cedo.

 

Por ocasião do Dia Internacional das Meninas e das Jovens, recordemos que no mundo:

  • A cada 5 minutos uma menina ou uma jovem morre devido a violências;
  • Uma em quatro jovens casou-se antes de ter completado 18 anos;
  • 63 milhões delas sofreram mutilações genitais;
  • 130 milhões delas não vão à escola (dados da UNESCO 2016)

Fonte: Info ANS

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Dia Internacional das Meninas e Jovens: o exemplo de Kanchan

Quarta, 11 Outubro 2017 12:48 Escrito por  Info ANS
Kanchan Kumari Sao é uma das muitas jovens indianas salvas e instruídas pelas escolas salesianas. Para ela estava previsto um casamento aos 16 anos, mas o pai, analfabeto, quis que continuasse os estudos, e hoje Kanchan quer entrar numa empresa toda feminina, criar oportunidades de trabalho para as moças da sua aldeia e impedir que se casem muito jovens. Por ocasião do Dia Internacional das Meninas e das Jovens, celebrado hoje, 11 de outubro, a sua história é um modelo a seguir.  

Meu pai sempre foi o meu herói. Mesmo analfabeto, quis que os filhos estudassem. E enfrentou a vontade da família, que me queria dar como esposa aos 16 anos. E eis-me aqui, já tendo passado há tempo dos 18 anos, e ainda estudo – e sou muito feliz! É um grande passo para uma jovem tribal “adivasi”, filha de um pai analfabeto e proveniente de uma remota aldeia da floresta de Jharkhand.

 

Tomada a decisão de continuar os estudos, a questão seguinte era o que estudar. Aconselharam-me o DBSERI (Don Bosco Self-Employment Research Institute – Instituto Salesiano para a busca de trabalho por conta própria) em Mirpara, e eu optei por Engenharia Civil.

 

O DBSERI infunde confiança em nós mesmos, além de oferecer-nos competências sobre construções. Como alunos, começamos a perceber que podemos fazer um trabalho de qualidade e até mesmo criar, construir e administrar uma empresa de nossa propriedade. Algumas aulas referem-se ao modo de administrar uma pequena empresa. Ao mesmo tempo, outras atividades visam construir a nossa personalidade.

 

Estou cursando o último ano e observando a “Nariprise” do DBSERI, que significa “empresa de mulheres”. A “Nariprise” é ainda muito pequena, mas logo faremos algo maior e melhor. Não temos dinheiro para investir, mas investimos em nós mesmas e apostamos no nosso futuro.

 

Eu tenho vários sonhos. O primeiro é construir uma casa para mim. O segundo é ter a minha própria empresa de construção. Ganharei e darei trabalho a outros, sobretudo às mulheres. Também tenho um sonho pelas jovens da minha aldeia: elas não devem casar-se muito cedo.

 

Por ocasião do Dia Internacional das Meninas e das Jovens, recordemos que no mundo:

  • A cada 5 minutos uma menina ou uma jovem morre devido a violências;
  • Uma em quatro jovens casou-se antes de ter completado 18 anos;
  • 63 milhões delas sofreram mutilações genitais;
  • 130 milhões delas não vão à escola (dados da UNESCO 2016)

Fonte: Info ANS

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