Antes de homenagear o missionário indiano com a sua cruz, sentado diante do quadro de Maria Auxiliadora e a poucos passos do Santíssimo e do quadro de Dom Bosco, o padre Ángel quis recordar os longos meses de prisão: “pedimos muitas vezes ao Senhor que sempre se fizesse a sua vontade e que nunca te faltasse força interior. E vemos que foi o que aconteceu”, afirmou. E quando se disse certo do constante sustento de Maria ao lado do padre Tom – “não resta dúvida de que Ela te acompanhou todos os dias como uma Mãe” – o missionário Salesiano concordou com convicção.
Em seguida, depois de expressar sua proximidade aos familiares do padre Tom, o Reitor-mor entregou-lhe a sua cruz de Salesiano, exprimindo ao mesmo tempo o grande valor desse gesto. “Quero oferecer-te a minha cruz de Salesiano, que sempre trago comigo, para que possas trazê-la contigo. Este sinal seja um pouco como se todos os Salesianos estejam contigo hoje e para sempre”.
Em ANSChannel pode-se ver o vídeo da entrega da cruz.
Reitor-mor fala sobre o encontro com padre Tom
A alegria pela libertação do padre Tom envolveu o mundo. Milhares as pessoas que agradeceram a Deus por esse excelso presente. Bem no meio de um mundo em tensão, a figura do padre Tom Uzhunnalil é uma imagem de paz e serenidade. O Reitor-mor, apenas de volta de Malta, quis encontrar-se imediatamente com o seu coirmão Salesiano. Conta-nos pessoalmente o Reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime:
“Na tarde de 13 de setembro tive a alegria e a felicidade de encontrar-me com meu querido coirmão P. Tom, que se encontra na Comunidade salesiana do Vaticano. Saudei-o no estilo indiano e nos abraçamos forte e intensamernte no sinal do afeto fraterno.
Apesar de bem magro, achei-o sereno e lúcido, e com grande paz interior. Manifestou-me o seu profundo agradecimento a Deus e à Congregação: é que sentia-se intensamente acompanhado pela Família Salesiana, que rezava por ele junto com religiosas de outras Congregações.
Fiquei profundamente impressionado ao saber que celebrou a Eucaristia todos os dias, ainda que sem pão e vinho, oferecendo a Deus tudo quanto estava a viver.
Viveu como um dom de Deus coisas muito simples, como dormir serenamente, viver cada momento em paz... No início de cada dia tornava a rezar, falando com Deus, oferecendo-se por todos, pela Igreja, pelos Jovens. Realmente o P. Tom me deu um grande e tocante testemunho de Fé.
Rezamos na Capela da Comunidade Salesiana e dei-lhe a Bênção de Nossa Sra. Auxiliadora. Nas palavras de ‘boa-noite’ disse-lhe que na minha presença estavam representados todos os seus Coirmãos salesianos e a mesma Família Salesiana no mundo. Disse, mais, que, se me permitisse, lhe ofereceria a Cruz de salesiano que sempre trago comigo: entreguei-a com afeto e recebeu-a com profunda gratidão. Cantamos em seguida com a comunidade, à nossa Mãe comum, a ‘Salve Rainha.
Ao compartilharmos uma ceia muito simples, vi que pesa pouco e come lentamente. Entretanto se alimenta bem. Os médicos dizem que está fraco, mas que é apenas uma questão de tempo. E de repouso. E que tudo acabará bem.
Foram momentos de grande fraternidade, num dia muito especial, marcado pelo encontro do P. Tom com o Santo Padre, Que o recebeu com o afeto de um pai, com aquela simplicidade que O caracteriza, com aquele afeto que tem por todos nós”.