Em nota enviada à Fides o cardeal explica: “A Ásia é a mãe das grandes religiões: hinduísmo, budismo, jainísmo, cristianismo, islamismo, hebraísmo. Mas hoje, a intolerância religiosa, veneno para a sociedade, ganha espaço em muitos países como Bangladesh, Sri Lanka, China, Índia, Indonésia, Filipinas, Vietnã” e outras. “Em Mianmar, alguns monges reunidos nos grupos ‘969’ e ‘Ma Ba Tha’, com uma parodia do ensinamento budista, tiveram como alvo sobretudo os muçulmanos. Estes dois movimentos estão atualmente suspensos, mas continuam a existir no países extremistas que fomentam o ódio religioso. Eles conseguiram que passassem quatro leis emanadas contra as minorias, que criminalizam o amor e a liberdade de escolher uma religião. Por sorte, o novo governo administrou a situação com sabedoria, calando as alas extremistas”.
O cardeal observa que a Igreja em Mianmar “promove ativamente a paz, atividade de diálogo inter-religioso e plena colaboração na missão social”, recordando que, como afirma a Dignitatis humanae, “a pessoa tem direito à liberdade religiosa”, que inclui o direito de culto, de prática, de expressão e ensinamento. “A liberdade religiosa cria as condições para a democratização, a paz, o desenvolvimento e o respeito dos direitos humanos”, conclui o cardeal Bo.