Participam do evento inúmeras autoridades religiosas, junto a representantes de instituições e do mundo da cultura provenientes de todos os continentes e de áreas marcadas por conflitos, como a Síria e a Nigéria. Representando o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora está presente a superiora geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, madre Yvonne Reungoat.
O encontro é marcado pelo diálogo e pela vivência conjunta, com diversas plenárias e dezenas de mesas redondas organizadas em diversos pontos da cidade da Úmbria.
O evento é promovido pela Diocese de Assis, pelas Famílias Franciscanas e pela Comunidade de Sant’Egídio, em colaboração com outros movimentos e agregações eclesiais, com a Conferência Episcopal da Úmbria, a Região Úmbria e a Prefeitura de Assis.
O encontro prevê 29 paineis, dos quais participam cerca de 200 relatores. Os encontros abordam assuntos mais atuais: entre os debates e conflitos que ameaçam a paz no Oriente Médio, o fenômeno das migrações e da integração e a luta contra o terrorismo, seguirão sessões de trabalho e partilha.
“Nenhuma guerra é santa”
O Papa Francisco participou do encontro nesta terça-feira, 20 de setembro, e afirmou que nenhuma guerra é “santa” ou pode ser justificada com o “nome de Deus”.
“Não nos cansamos de repetir que o nome de Deus nunca pode justificar a violência. Só a paz é santa, só a paz é santa, não a guerra”, exclamou, na conclusão da iniciativa que levou representantes de várias comunidades cristãs e religiões, além do mundo da cultura e do pensamento, à cidade italiana que viu nascer São Francisco de Assis. Perante centenas de responsáveis, o Papa aludiu aos “dramas” de quem teve de deixar a sua terra ou de quem foi vítima da violência.
No 30.º aniversário do primeiro encontro inter-religioso do gênero, promovido pelo Papa João Paulo II em Assis, Francisco pediu que todas as confissões se mobilizem para defender a “sacralidade da vida humana”, promover a paz entre e “salvaguardar a criação”.
“O nosso futuro é viver juntos. Por isso, somos chamados a libertar-nos dos fardos pesados da desconfiança, dos fundamentalismos e do ódio”, observou.
Francisco concluiu com um apelo aos chefes religiosos, para que sejam “pontes sólidas de diálogo, mediadores criativos de paz”.
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Agência Ecclesia e Rádio Vaticano