Sudão do Sul: os refugiados pedem ajuda

Quinta, 14 Julho 2016 12:42 Escrito por  InfoANS
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As explosões de violência iniciadas em 7 de julho, na Capital do Sudão do Sul, Juba, terminaram (ou, quem sabe, foram apenas suspensas no dia 11 de julho, com o cessar fogo. A partir de 12 de julho, muitos cidadãos estrangeiros, graças à assistência diplomática dos seus respectivos países, começaram a deixar o país. As estradas estão aparentemente abertas e os veículos começam a se mover novamente pela cidade, que porém, está deserta, com hospitais, escolas, fábricas, negócios… fechados.

Padre David Tulimelli, da Missão Salesiana de Gumbo, na periferia de Juba, aventurou-se a sair durante o dia de terça-feira, conseguindo obter, com preço elevado, uma pequena quantidade de alimentos.

 

O espaço da missão está ainda tomado por uma multidão que oscila entre 3000 a 4000 pessoas, sem contar os bebês, que em sua maioria é de mulheres e crianças. Os que moram perto voltaram para suas casas, embora muitos deles ainda comam e durmam na missão por  motivo de segurança.

Ficaram na missão as pessoas das áreas das cidades mais atingidas: Rock City, Muniki, Jebel Kujur, Check Point, Gudele…. muitos deles tentaram voltar para suas casas, mas as encontraram destruídas ou completamente saqueadas.

 

“A Missão Salesiana em Gumbo está buscando prover as exigências das pessoas, com todos os recursos disponíveis e com todo o pessoal. Todas as comunidades religiosas presentes na missão (Salesianos, Filhas de Maria Auxiliadora e Irmãs da Caridade de Jesus) se uniram para ajudar a gente e oferecer acolhida, cuidados médicos, serviços higiênico-sanitários, comida, água... nossos recursos vão diminuindo. Logo  acabarão  a menos que a Providência ou a assistência internacional nos venham em auxílio”, explica o salesiano P. C. J. Shyjan.

 

Uma mulher recebida na missão salesiana testemunha: “Quem nos acolheu, deu-nos um lugar onde nos abrigar. Entretanto não temos comida nem o mínimo necessário. Nem sequer para dormir: há salas, mas não há esteiras. Falta comida porque  há gente demais e falta espaço para todos. Se alguém pudesse nos ajudar  com alimentos, mandar-nos algo com que nos cobrir… Não dispomos de nada. Mesmo que quiséssemos cozinhar, não temos o quê. Nem com o quê”.

 

Padre Shyjan finaliza: “Também a missão salesiana em Wau acaba de receber 5 mil pessoas. E tem as mesmas necessidades”.

 

InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Quinta, 14 Julho 2016 19:12

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Quinta, 14 Julho 2016 12:42 Escrito por  InfoANS
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As explosões de violência iniciadas em 7 de julho, na Capital do Sudão do Sul, Juba, terminaram (ou, quem sabe, foram apenas suspensas no dia 11 de julho, com o cessar fogo. A partir de 12 de julho, muitos cidadãos estrangeiros, graças à assistência diplomática dos seus respectivos países, começaram a deixar o país. As estradas estão aparentemente abertas e os veículos começam a se mover novamente pela cidade, que porém, está deserta, com hospitais, escolas, fábricas, negócios… fechados.

Padre David Tulimelli, da Missão Salesiana de Gumbo, na periferia de Juba, aventurou-se a sair durante o dia de terça-feira, conseguindo obter, com preço elevado, uma pequena quantidade de alimentos.

 

O espaço da missão está ainda tomado por uma multidão que oscila entre 3000 a 4000 pessoas, sem contar os bebês, que em sua maioria é de mulheres e crianças. Os que moram perto voltaram para suas casas, embora muitos deles ainda comam e durmam na missão por  motivo de segurança.

Ficaram na missão as pessoas das áreas das cidades mais atingidas: Rock City, Muniki, Jebel Kujur, Check Point, Gudele…. muitos deles tentaram voltar para suas casas, mas as encontraram destruídas ou completamente saqueadas.

 

“A Missão Salesiana em Gumbo está buscando prover as exigências das pessoas, com todos os recursos disponíveis e com todo o pessoal. Todas as comunidades religiosas presentes na missão (Salesianos, Filhas de Maria Auxiliadora e Irmãs da Caridade de Jesus) se uniram para ajudar a gente e oferecer acolhida, cuidados médicos, serviços higiênico-sanitários, comida, água... nossos recursos vão diminuindo. Logo  acabarão  a menos que a Providência ou a assistência internacional nos venham em auxílio”, explica o salesiano P. C. J. Shyjan.

 

Uma mulher recebida na missão salesiana testemunha: “Quem nos acolheu, deu-nos um lugar onde nos abrigar. Entretanto não temos comida nem o mínimo necessário. Nem sequer para dormir: há salas, mas não há esteiras. Falta comida porque  há gente demais e falta espaço para todos. Se alguém pudesse nos ajudar  com alimentos, mandar-nos algo com que nos cobrir… Não dispomos de nada. Mesmo que quiséssemos cozinhar, não temos o quê. Nem com o quê”.

 

Padre Shyjan finaliza: “Também a missão salesiana em Wau acaba de receber 5 mil pessoas. E tem as mesmas necessidades”.

 

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