Refúgio salesiano salvou 30 mil vidas

Quarta, 18 Mai 2016 11:33 Escrito por  InfoANS
Refúgio salesiano salvou 30 mil vidas InfoANS
Nas últimas semanas os Salesianos anunciaram várias vezes que não deixarão Aleppo, um dos epicentros do conflito na Síria, a fim de tentar ajudar as famílias que estão na cidade. Não é a primeira vez que cumprem semelhante gesto. Em 2011 a residência da Missão Salesiana Santa Teresinha, em Duékoué, Costa do Marfim, permitiu salvar a vida a 30.000 pessoas, que se refugiaram nos seus ambientes de apenas 2,5 hectares, em plena guerra civil. O diretor de Documentários, Raul de la Fuente, observou de perto a vida missionária em Duékoué e pôde contar cinematograficamente a história ‘heróica’ – como a define no documentário “30 000” – de alguns Salesianos que decidiram mudar a vida de milhares de pessoas.

Durante o avanço em Duékoué das tropas rebeldes, homicídios, estupros, mutilações, gestos infames haviam-se tornado habituais. Só os ambientes salesianos foram poupados. Relata e explica o salesiano padre Carlos Berro: “Respeitaram o caráter da igreja e por isso não entraram para ali praticar atrocidades e barbáries”. Com isso a missão se tornou meta de ‘peregrinação’ para cerca de 30.000 pessoas, que nela viam sua própria salvação.

 

Uma vez finda a guerra, não terminou o trabalho dos Salesianos. “Na África parece que a chuva lava e leva embora tudo... Mas só... parece. À primeira vista não se percebe que aqui se deu, bem recentemente, um conflito armado. Entretanto, quando alguém se detém, para, a fim de falar com o povo, descobrem-se traumas dramáticos: e vê-se que o conflito ainda persiste”, explica o documentarista De La Fuente.

 

O empenho salesiano continua: “busca curar feridas, ouvindo, pedindo indenizações pelas vítimas, trabalhando para alcançar qualquer tipo de reconciliação social, ministrando formação aos jovens, também aos que se tornaram agressores, a fim de que possam ganhar o de que viver”. De La Fuente afirma ser um “privilegiado, porque  posso apresentar o trabalho destes missionários”.

 

Graças a eles muitas pessoas podem dizer que estão vivas. E “isso  devia ser comemorado”, diz o padre Berro no documentário.

 

 

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Última modificação em Quarta, 18 Mai 2016 16:51

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Quarta, 18 Mai 2016 11:33 Escrito por  InfoANS
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Nas últimas semanas os Salesianos anunciaram várias vezes que não deixarão Aleppo, um dos epicentros do conflito na Síria, a fim de tentar ajudar as famílias que estão na cidade. Não é a primeira vez que cumprem semelhante gesto. Em 2011 a residência da Missão Salesiana Santa Teresinha, em Duékoué, Costa do Marfim, permitiu salvar a vida a 30.000 pessoas, que se refugiaram nos seus ambientes de apenas 2,5 hectares, em plena guerra civil. O diretor de Documentários, Raul de la Fuente, observou de perto a vida missionária em Duékoué e pôde contar cinematograficamente a história ‘heróica’ – como a define no documentário “30 000” – de alguns Salesianos que decidiram mudar a vida de milhares de pessoas.

Durante o avanço em Duékoué das tropas rebeldes, homicídios, estupros, mutilações, gestos infames haviam-se tornado habituais. Só os ambientes salesianos foram poupados. Relata e explica o salesiano padre Carlos Berro: “Respeitaram o caráter da igreja e por isso não entraram para ali praticar atrocidades e barbáries”. Com isso a missão se tornou meta de ‘peregrinação’ para cerca de 30.000 pessoas, que nela viam sua própria salvação.

 

Uma vez finda a guerra, não terminou o trabalho dos Salesianos. “Na África parece que a chuva lava e leva embora tudo... Mas só... parece. À primeira vista não se percebe que aqui se deu, bem recentemente, um conflito armado. Entretanto, quando alguém se detém, para, a fim de falar com o povo, descobrem-se traumas dramáticos: e vê-se que o conflito ainda persiste”, explica o documentarista De La Fuente.

 

O empenho salesiano continua: “busca curar feridas, ouvindo, pedindo indenizações pelas vítimas, trabalhando para alcançar qualquer tipo de reconciliação social, ministrando formação aos jovens, também aos que se tornaram agressores, a fim de que possam ganhar o de que viver”. De La Fuente afirma ser um “privilegiado, porque  posso apresentar o trabalho destes missionários”.

 

Graças a eles muitas pessoas podem dizer que estão vivas. E “isso  devia ser comemorado”, diz o padre Berro no documentário.

 

 

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