Durante a visita esperavam-no os diversos grupos da Família Salesiana. Manteve assim um encontro com o mundo da formação profissional, outro com os educadores, outro ainda com os pais dos alunos, que definiu “patrimônio” e “escola de humanidade”. Mas o mais profundo e desejado pelo X sucessor de Dom Bosco foi o encontro com os jovens.
Mais de 1000 jovens do Movimento Juvenil Salesiano celebraram no sábado, 30 de abril, uma grande festa com o reitor-mor, no Instituto Salesiano, de Carabanchel, à luz do mote: «És mais, somos mais». O clima festivo propagou-se ao salão polifuncional onde se encenou um espetáculo que animou o encontro. O reitor-mor não pôde esconder a sua felicidade: “É uma alegria incrível estar aqui!”. Depois alguns jovens subiram ao palco para um diálogo que não deixou indiferente a ninguém dos presentes.
À pergunta sobre a descoberta da sua vocação, padre Ángel recordou “aquela senhora que convidara meus pais a levar-me a uma escola salesiana. Foi a semente da minha vocação”. Anos mais tarde acabou por viver uma experiência vocacional com os Salesianos: o apoio dos pais foi determinante naquele momento. Mas, naturalmente, “por trás estava sempre Deus”.
“E quais são as receitas para ser salesiano?” – perguntou um jovem sem mais rodeios. O reitor-mor respondeu direto e preciso: “Paixão por Jesus Cristo e pelo estilo de Dom Bosco”.
Padre Fernández Artime foi muito claro quando lhe perguntaram acerca de uma possível crise de vocações salesianas: “Estou convencido de que Deus está chamando a muitos jovens”. Mais tarde, acrescentou: “Se se perde a capacidade de sonhar, de ter... ideais, ainda que se apenas 25 anos, já se começa a ser velho”.
A capacidade de sonhar era a primeira chave proposta para tornar-se santos. A outra foi: «Perguntar a Deus: ‘Senhor, que estais a sonhar para mim?’». A pergunta circulou por certo pela cabeça e pelos corações dos tantos presentes durante o tempo de oração com que se concluiu a primeira parte do encontro.