Em fevereiro, o primeiro ministro português havia comunicado às autoridades da Grécia, Itália, Áustria e Suécia a disponibilidade de seu País acolher mais 5800 refugiados (além dos 4500 que fazem parte do sistema UE das quotas); e a sediar mais 2.500/3.000 pessoas que pedem asilo (além das 2.800 inicialmente concordadas). “Somos contra uma Europa fechada, que blinda suas fronteiras para não deixar entrar os refugiados. Queremos uma Europa diferente”, comentara então o primeiro ministro.
No âmbito deste empenho humanitário insere-se também a Família Salesiana, por meio das atividades da “Fundação Salesianos” e das FMA (Filhas de Maria Auxiliadora), entidades que aderiram à Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR).
Em março a Fundação acolheu as duas primeiras famílias. Uma delas, composta pelos pais e seus três filhos (3, 6 e 8 anos), provém de Damasco, Síria e residirá no município de Cascais, em uma casa reestruturada com o auxílio do voluntariado educativo do Instituto Salesiano, de Estoril.
Além de acolhida, a família será acompanhada durante dois anos, graças ao Serviço SOLSAL (Solidariedade Salesiana), no auxílio à sua completa autonomia e integração. Atualmente a prioridade é a obtenção de toda a documentação necessária e o acesso aos Serviços de Saúde. No início do próximo ano letivo deverá ser providenciada também a integração das crianças na escola salesiana local.
Nesse meio tempo as FMA, também empenhadas na acolhida a refugiados, estão se mobilizando no âmbito da sensibilização sobre o tema; e apresentam em seus Institutos alguns vídeos explicativos das atividades da PAR e das realidades dos refugiados.