O Papa Francisco dedicou, às vítimas de mais essa agressão, o seu primeiro pensamento depois da récita do Ângelus. Recordou que deram “seu sangue pela Igreja”, ainda que para elas “não haja capas de jornais”. Manifestou a sua proximidade a quantos choram as vítimas e prometeu as suas orações, invocando também a intercessão da bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá pela paz e pelo respeito à vida humana.
Paz e respeito à vida: ainda uma miragem para uma grande parte do Iêmen, país dilacerado por uma guerra que já perdura por mais de um ano e meio, advinda como fruto da instabilidade sociopolítica precedente. Em Sana’a, histórica capital do país, governam desde setembro de 2014 as milícias rebeldes Houthi, enquanto o presidente reconhecido pela comunidade internacional, Abd Rabbo Mansour Hadi – que condenou a agressão de sexta-feira, definindo-a um ato de terrorismo – transferiu o seu governo exatamente a Aden.
E embora a localização do padre Uzhunnalil continue um mistério, são muitos os que entre autoridades, civis e eclesiásticas, façam de tudo para encontrá-lo. Do Ministério do Exterior indiano soube-se que, embora a Embaixada no Iêmen tenha sido fechada há tempo, os seus funcionários mantêm contatos com a comunidade indiana, especialmente com a originária do Estado do Kerala, presente no país.
Também o Vicariato Apostólico da Arábia Meridional está trabalhando em rede com os funcionários vaticanos, a Nunciatura Apostólica no Kuwait, o governo dos Emirados Árabes Unidos, a embaixada indiana e outros canais diplomáticos úteis para fornecer todo o auxílio possível.
Padre Mathew Thonikuzhiyil, inspetor de Bangalore, de quem depende a missão salesiana no Iêmen, reuniu-se em 6 de março com os principais representantes da Conferência Episcopal Indiana e o primeiro ministro do Kerala, para pedir também o seu auxílio. Além disso, o padre Thonikuzhiyil já encontrou-se com os familiares do padre Uzhunnalil para pô-los a par da situação, fornecendo possíveis atualizações.