“A sequência dos agentes pastorais mortos revela, nesta fase da história da humanidade, um recrudescimento inaudito: parece não ter igual na história, porque está em ato uma perseguição globalizada”, comentou o padre Vito Del Prete, missionário do PIME (Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras).
De 2000 a 2015, segundo os dados divulgados em recente nota, foram mortos no mundo 396 agentes pastorais, dentre os quais cinco bispos. Em 2015, segundo os continentes, foram assassinados: na América, oito agentes pastorais (sete sacerdotes, uma religiosa); na África, cinco agentes pastorais (três sacerdotes, uma religiosa, uma leiga); na Ásia, sete agentes pastorais (um sacerdote, duas religiosas, quatro leigos); na Europa, dois sacerdotes.
No elenco dos agentes pastorais mortos em 2015 figuram também dois jovens animadores de oratório salesiano, de Alepo, Síria – os irmãos Anwar Samaan e Misho Samaan, mortos sob os bombardeios, junto com a mãe, Minerva.
Em geral, tanto em 2015 quanto nos últimos anos anteriores, a maior parte dos agentes pastorais foi morta após tentativas de furto e roubo, realizadas com uma ferocidade e em contextos que denunciam degradação moral, pobreza econômica e cultural; e mais a violência como regra de comportamento e a falta de respeito pela vida (alguns foram mortos pelas mesmas pessoas que eles ajudavam).
Outro motivo de preocupação é, além disso, a sorte de outros agentes pastorais sequestrados ou desaparecidos, dos quais não se tem mais notícias, mesmo depois de longos anos.