“Em tempo de crise as nossas atividades concentram-se especialmente em manter a presença e dar apoio a esta sacrificada nação, visto que essas nossas presenças servem como local de acolhida a refugiados internos”, prosseguem os salesianos.
A situação no país, um dos mais pobres e instáveis da África, piorou em 2013, com ciclos recorrentes de violência entre as diferentes comunidades que compõem a nação: em março de 2013, a formação rebelde “Seleka” deu um golpe de Estado, a que se seguiram as habituais e terríveis consequências destas situações: execuções, estupros, saques…
Em resposta aos Seleka em dezembro do mesmo ano, surgiu a formação dos “Anti-Balaka”, que se propunha a deter os abusos perpetrados pelos Seleka, mas que na realidade também trouxe a sua contribuição de violência e morte, além de uma radicalização do conflito, sobretudo nos arredores de Bangu, a Capital do país.
Na noite entre 25 e 26 de setembro, o encontro do cadáver de um jovem reacendeu as violências, com represálias por parte de ambas as facções. Segundo várias fontes, só estes últimos confrontos causaram cerca de 60 mortos e 300 feridos.
Apesar das dificuldades que marcaram o recente passado, também agora os religiosos salesianos não perdem a esperança. E renovam seu empenho pelo futuro: “Agora a resposta imediata é ‘lutar pela volta da paz’”.