No Ângelus de 6 de setembro passado, às vésperas do Jubileu da Misericórdia,o Papa Francisco tinha lançado um apelo “perante a tragédia de dezenas de milhares de prófugos, que fogem da ameaça de morte decorrente de guerras e da fome; e estão a caminho de uma esperança vida”, e convidava as paróquias, as comunidades religiosas, os mosteiros e os santuários de toda Europa a expressarem a concretude do Evangelho e acolher uma família de refugiados”.
O apelo do Papa achou as igrejas em primeira fila no serviço, na tutela, no acompanhamento dos que pedem asilo e dos refugiados. De fato, sobre cerca de 95.000 pessoas migrantes – recebidas nos diversos Centros de acolhimento ordinários (CARA) e extraordinários (CAS), como também no Sistema Nacional de proteção aos que pedem asilo e aos refugiados (SPRAR) – dioceses e paróquias, famílias e comunidades religiosas, acolhem, em cerca de 1600 ambientes, mais de 22000 migrantes.
Para acompanhar as dioceses e as paróquias nesta caminhada, a CEI publicou uma espécie devade-mécum, que possa ajudar a adaptar formas e modalidades para ampliar a rede eclesial da acolhida em favor das pessoas que pedem asilo ou refugiados que chegam à Itália, no respeito à legislação presente e em colaboração com as Instituições.
Trata-se de um gesto concreto e gratuito, um serviço, um sinal de acolhida que se une a muitos outros em favor dos pobres (desempregados, famílias em dificuldade, idosos sós, crianças e adolescentes não-acompanhados, diversamente hábeis, vítimas de tráfico, sem casa…), presentes nas igrejas do país: um suplemento de humanidade, também para vencer o medo e os preconceitos.