Caruchy Castellanos, num artigo publicado no site dos Salesianos, em Cuba, responde à pergunta das mexicanas. Sim, Cuba tem muito de especial. A lista poderia ser infinita. Cada qual pode fazer a sua. A verdade é que", sustenta Castellanos, " “temos tido o privilégio de receber três Papas em diversos momentos históricos da Nação que abriram portas, que fecharam feridas, que por anos marcaram o nosso povo”.
Desta vez o Papa Francisco chegou em clima de reconciliação, e o fez como representante da Igreja. Um Papa que já goza de uma grande popularidade e que desfruta de tempos oportunos para plantar a semente da fé, encorajando-a a crescer e a fortalecer-se, no coração dos Cubanos.
Recepção salesiana
Por isso também os Salesianos em Cuba quiseram ser protagonistas desta história. Cinco jovens da Paróquia “São João Bosco”, do bairro LaVíbora, selecionados pela Pastoral Juvenil de Havana, estavam na comissão de acolhida oficial, no Aeroporto José Martí. Ansiosos, mas felizes, partiram muito cedo para receber a bênção do Santo Padre.
Enquanto outros, das duas Paróquias salesianas, de Havana, se posicionaram na Avenida Bolleros para saudar o Papa à sua passagem, mostrando-lhe um grande cartaz: “Os Salesianos Te Saúdam!”.
Por sua vez, o Papa Francisco comentou que o verdadeiro serviço é o que “serve”, advertindo que “devemos guardar-nos do outro serviço, do que ‘se’ serve”. Há, pois o risco de ter um interesse de “beneficiar os ‘meus’, em nome do ‘nosso’ ”, esquecendo sempre os “teus”, gerando assim “uma dinâmica de exclusão”.
Evitando as tentações do “serviço que ‘se serve’”, somos chamados por Jesus a “cuidar uns dos outros por amor”, evitando “olhar em torno para ver o que faz ou não faz o vizinho”.
Tal espírito de serviço não é “servilismo”, mas um modo de colocar “o irmão no centro da questão”: olha-se o “rosto do irmão”, “toca-se a sua carne”, “sente-se a sua proximidade até, em alguns casos, ‘carregá-la’”. No serviço não há nunca nada de “ideológico”, porque se dirige às “pessoas”, não às “ideias”.