O avanço dos fundamentalistas no Oriente continua causando a destruição de igrejas e a perseguição da população cristã na região. Durante os meses do verão passado, o padre Munir El Rai, inspetor dos salesianos do Oriente Médio, apesar do grave perigo, visitou o país para verificar a situação das três obras salesianas e compartilhou a terrível situação, especialmente de Aleppo, uma cidade que "contava com uma grande presença cristã de vários ritos e igrejas cristãs e que tem assistido a um declínio contínuo dessa presença, reduzida, hoje, a cerca de dois terços".
A violência fundamentalista trouxe consequências trágicas para os cristãos no país, como explica o padre Munir: "A hemorragia dos cristãos é consequência, tanto da extensão do conflito, com suas condições sócio-econômicas e alto custo de vida, como da escassez de oportunidades de trabalho e falta de itens de necessidades básicas, sem falar na destruição dos bairros cristãos". Muitas igrejas, antigas e importantes, em termos de artes e cultura, foram danificadas ou destruídas. "Esses fatores levaram a um forte aumento do êxodo em massa por parte dos cristãos da cidade", lamenta o inspetor.
A situação desta guerra civil na Síria, que já dura mais de quatro anos, ainda está longe de chegar ao fim e torna a situação insuportável para milhões de pessoas. Dos 23 milhões de habitantes do país, 13 milhões foram, ou ainda são, diretamente afetados: mais de 300.000 mortos, meio milhão de presos e desaparecidos, meio milhão de mutilados, quatro milhões de exilados e oito milhões de desalojados. Manuel de Castro, presidente da ONG, lança um apelo para que "não esqueçamos os sírios que ainda permanecem na Síria e aqueles que não podem, ou não querem deixar o seu país e que vivem em uma situação de perseguição e de extrema necessidade" .
Mais informações estão disponíveis no site da Jóvenes y Desarrollo, de Madrid.