"Estamos bem, mesmo sem sair de casa. Hoje não abrimos as portas do centro profissional. Vamos aguardar o desenrolar da situação, nos próximos dias", explica o salesiano.
A situação em Burkina Faso, desde outubro do ano passado, quando o presidente Blaise Compaore deixou o poder, está difícil. Abriu-se um período de transição na direção de uma Burkina Faso democrática. "As eleições estavam agendadas para o dia 11 de outubro, mas agora o futuro é mais incerto do que nunca", comenta Ana Muñoz, porta-voz das Missões Salesianas, da Procuradoria Missionária Salesiana de Madrid.
Os golpistas criticaram a gestão do Conselho de Transição, atualmente no poder, e declararam ser contra as medidas tomadas, tais como a lei eleitoral ou a alteração do Estatuto Geral das Forças Armadas.
A comunidade internacional fez um apelo pela libertação do presidente e dos membros do governo, que encontram-se nas mãos dos militares. A Procuradoria Missionária Salesiana de Madrid adere ao apelo e lança um convite pela busca de uma solução pacífica, que vise ao bem do país e da população. "Não esqueçamos que Burkina Faso é um país onde a maioria da população vive na pobreza", lembra Muñoz.