Depois do sucesso da abertura, o segundo dia aprofundou os aspectos espirituais e apostólicos no contexto da Família. Dom Cesare Nosiglia, arcebispo de Turim, presidiu a S. Eucaristia, seguida pela ‘lectio’ bíblica do padre Patrizio Rota Scalabrini e por testemunhos específicos sobre o tema da Família.
Na homilia, dom Nosiglia apontou a Família como “o baluarte fundamental da nossa sociedade e do nosso porvir. É necessário que se recupere o estupor no acolher o mistério presente em cada família […] Na Família se exercita o magistério da vida de modo imediato: vale-se da Palavra de Deus e também da palavra humana. .... É em família que nos tornamos cristãos”. E depois de evocar a figura de Mamãe Margarida que educou o filho, João Bosco, na afetividade, dom Nosiglia concluiu: “Tende confiança, ó Famílias, porque sois as prediletas de Deus! Vivei com alegria a Fé no vosso Lar!”.
A manhã continuou com a exposição do padre Patrizio Rota Scalabrini, da Diocese de Bérgamo, sobre o tema “A Apresentação de Jesus no Templo – De geração em geração se estende a sua misericórdia”. Partindo da leitura do Evangelho de Lucas, o expositor acentuou as leis e a família: “Obedecer à Lei não é para Maria e José aderir a um simples legalismo. É antes um colocar como fundamento das próprias opções a vontade de Deus […] Para o fiel, um filho é sempre um dom portador de esperança, radicada na boa promessa divina”. “A Família de Nazaré” – concluiu o relator – “é portadora de uma preciosa verdade: obediência e liberdade, longe de serem polos opostos, implicam-se reciprocamente, porque a liberdade está para o serviço; e é no berço da família que está primeira escola em que se aprende essa verdade”
A manhã encerrou-se com algumas “Experiências de vida”, aos cuidados do Grupo ‘Canção Nova’; de Paola Mancini; da ADMA, da Coréia; e de alguns jovens da ADMA Primária, de Turim.
O terceiro dia do Congresso iniciou com a récita de Laudes. Seguiu-se a explanação de “A família, berço do amor e da vida”, pelo padre Roberto Carelli.
Retomando o episódio da Apresentação de Jesus no Templo, o teólogo sublinhou a “função generativa” e a “tarefa educativa” da Família: “A educação é o desenvolvimento natural da geração e é dever primário e inalienável dos pais, primeiros e principais educadores dos próprios filhos: educadores exatamente porque pais […] Educação em chave generativa significa, então, que toda outra agência educativa deva sempre inspirar-se nos modos familiares, paternos e maternos, da educação. É assim nesta luz que encontra relevo a tarefa mais bela dos Pais e de todos os verdadeiros educadores: levar Deus e levar a Deus; e precisamente levar Jesus e levar a Jesus” .
Dra. Lodovica Maria Zanet, colaboradora da Postulação Geral das Causas dos Santos Salesianos, ilustrou a seguir os “Perfis de famílias feridas na história da santidade salesiana”. Sublinhou como, “apesar de estarmos habituados a imaginar a família como uma realidade harmoniosa, marcada pela presença de mais gerações, seja todavia a passagem «da casa de Maria às nossas casas» mais sofrida do que possamos imaginar, como aliás confirmam também as recentes vicissitudes que envolvem a crônica e até mesmo as reformas legislativas”. A relatora recordou como também a história da santidade salesiana tenha sido atravessada por famílias feridas, a partir do mesmo Dom Bosco, que ainda em menino ficara órfão de pai.
O dia continuou com o deslocamento de todos à Casa-Mãe, em Valdocco, onde, de tarde, o reitor-mor presidiu a Eucaristia em honra de Nossa Senhora Auxiliadora. O texto da homilia está disponível em italiano no site sdb.org.
O Congresso foi encerrado no domingo, 9 de agosto, no Colle Don Bosco, com a saudação do reitor-mor e a solene Eucaristia em honra de São João Bosco.
InfoANS