“Decidimos nos unir às autoridades locais, tanto civis quanto de Igreja, no serviço de assistência às vítimas. Agora que todos estão freneticamente empenhados em ajudar cá e acolá, nós, salesianos, estamos estudando qual será a melhor e mais eficiente maneira de chegar diretamente aos mais necessitados”, explica o padre Charles Saw, superior da Visitadoria do Mianmar.
Padre Saw também convidou ONGs e procuradorias missionárias salesianas a se colocarem em movimento, de modo que tudo esteja pronto quando se iniciar a responder às exigências locais. “Nós, salesianos, estamos certos de ser envolvidos. E já estamos analisando onde agir em primeiro lugar. E muito apreciamos o sentido de solidariedade dos nossos coirmãos salesianos de todo o mundo”.
Em uma declaração de 4 de agosto, o cardeal dom Charles Maung Bo, SDB, arcebispo de Yangon, disse que comida e remédios são urgentemente necessários para ajudar às milhares de pessoas ‘aluvionadas’ dos estados de Rakhine e Chin, e da região de Sagaing.
“O alcance da devastação é enorme", acentuou o cardeal, "Em uma região cronicamente pobre, os pobres perderam tudo e foram transformados em refugiados. Em muitas vilas há necessidade de tudo para sobreviver. Fazemos, por isso, um apelo a todas as pessoas de bom coração para que se aprestem a ajudar os nossos irmãos e irmãs”.
O cardeal deu particular relevo à situação no estado de Rakhine, que tem sofrido nos últimos anos violentos conflitos religiosos e era já sede de, pelo menos, 100.000 refugiados, principalmente muçulmanos de etnia Rohingya, que viviam provisoriamente em acampamentos. “Agora sua agonia agravou-se pela fúria da natureza. O balanço das vítimas está aumentando e vai se difundindo também a situação de refugiados, a fome, a vulnerabilidade às doenças transmissíveis”, declarou o prelado em sua mensagem.