“Falta eletricidade. Só alguns dias consegue-se ter três ou quatro horas de energia. A infraestrutura foi destruída pelos bombardeios. Faltam remédios, água, comida…”: é o testemunho dos missionários salesianos que optaram por continuar no Iêmen para estar perto das pessoas a que se dedicam.
As cidades Aden e Taiz estão sendo devastadas: a situação é realmente complicada. “Em Aden travam-se pesados combates e há uma grande carência de coisas elementares: a vida ali é realmente miseranda”, afirmam os missionários. Para piorar as coisas “parece que exista uma epidemia de dengue e que tenham sido afetadas perto de 5.000 pessoas. Alguns morreram”. A falta de limpeza, a água parada, os cadáveres que ficam por dias pelas ruas... poderiam ser a causa.
Em Aden, ademais, duas das três igrejas animadas pelos salesianos foram saqueadas e parcialmente destruídas: “Quebraram as imagens e levaram aquele pouco que havia de valor... Mas estes são apenas os edifícios. Interessam-nos as pessoas que estão buscando sobreviver”, disseram os religiosos à Procuradoria Missionários Salesiana de Madri.
“Milhões de pessoas vivem de modo realmente miserável... e continuamente sob o medo dos bombardeios... Muitas estão mutiladas ou com ferimentos graves. Além disso, e pior ainda, é impossível calcular os danos psicológicos sobre as crianças e os jovens”.
Apesar dos esforços internacionais, os colóquios de paz em Genebra... faliram. Continuam os bombardeios.