O conflito sírio gerou a fuga de quase 4 milhões de pessoas, refugiadas na Turquia e no Líbano. Outras arriscam a vida para chegar à Europa atravessando o Mar Mediterrâneo amontoadas em embarcações que estão caindo aos pedaços. Também as guerras na República Centro-Africana, Burundi e Sudão do Sul causaram refugiados, assim como o terrorismo islâmico o fez na Nigéria. A realidade é que o número de refugiados aumentou pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial e hoje quase 60 milhões de pessoas vivem nesta situação.
Os salesianos, em várias partes do mundo, enfrentam esta realidade e oferecem seu auxílio às populações, como por exemplo, na República Centro-Africana, onde as obras salesianas de Bangui acolhem 65.000 pessoas deslocadas pela violência; no Sudão do Sul 150 mulheres e 400 crianças estão refugiadas nos terrenos das missões; na Turquia (Istambul) os salesianos acolhem mais de 1.000 crianças e jovens fugidos às guerras do Iraque e da Síria; na Ucrânia (Odessa), 200 pessoas do leste do país foram acolhidas pelos missionários; no Paquistão (Queta), 2.200 crianças e adolescentes afegãos recebem educação, alimento e assistência médica; no Quênia, no campo de refugiados de Kakuma, os salesianos prestam assistência, formação e educação; na República Democrática do Congo, ajudam os refugiados. Já no Líbano são os refugiados sírios a serem atendidos.
O aumento do número de refugiados não é causado só pelas guerras e pelas violências, mas também pelas catástrofes e calamidades naturais, como pelo terremoto no Nepal, onde os salesianos estão ajudando a população. Missões Salesianas de Madri pede à comunidades internacional para aumentar o seu empenho pelos refugiados, insistindo na necessidade de agir de modo conjunto e eficaz, para evitar posteriores sofrimentos às pessoas refugiadas, indo ao encontro das suas prementes necessidades primárias.
Missões Dom Bosco e VIS lançaram a Campanha conjunta “Aqui se trata de ser/es humanos” para promover as atividades de sensibilização e os projetos de desenvolvimento dos Salesianos de Dom Bosco, nos países da África Subsahariana, e para evitar que tantos jovens acabem vítimas de tráfico e encontrem a morte durante a viagem.
O presidente de Missões Dom Bosco, Giampietro Pettenon, SDB, e Nico Lotta, presidente do VIS, pretendem com esta campanha realizar na Costa do Marfim, Etiópia, Gana, Nigéria e Senegal, um amplo programa de sensibilização e formação, para que os jovens que decidem partir sejam informados acerca dos graves riscos que irão enfrentar; e para que os que desejam ficar tenham oportunidades concretas, através de projetos de desenvolvimento específicos, de melhorar suas condições de vida, para si e para a própria família.
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