Como de costume, os trabalhos da Comissão, precedidos por um Fórum da Sociedade Civil, reuniram os representantes de ONGs de todo o mundo para enfrentar e submeter à críticas a perspectiva bienal da Comissão sobre o tema do reforço/responsabilização. Os representantes da Sociedade civil expressaram os seus enfoques e recomendações para favorecer a promoção dos objetivos chaves de desenvolvimento social no contexto da agenda pós-2015.
A declaração produzida por tais organismos sublinha muitos dos valores fundamentais e das preocupações dos participantes: enfrentar as desigualdades e a pobreza; direitos humanos; responsabilidade; modalidades de ação; e transparência. O desenvolvimento deve garantir uma “vida digna para todos”, antes que deter-se em meros resultados econômicos, que potencialmente podem também exacerbar as desigualdades. A participação, a responsabilização e o pleno envolvimento das populações mais vulneráveis são os elementos necessários para a criação de um mundo sustentável.
O representante dos Salesianos junto às Nações Unidas, padre Thomas Brennan, enfrentou, com uma declaração escrita à Comissão, o tema das desigualdades. “Um processo de reforma estrutural, que mire a uma inclusão em vez da marginalização, inicia quando as sociedades enfrentam os efeitos sociais, psicológicos e políticos que derivam das grandes desigualdades econômicas. A marginalização econômica limita o acesso dos povos à educação, à moradia, a um emprego significativo, o que é uma afronta à dignidade humana. Além disso, a excessiva disparidade econômica entre as pessoas e os povos impede às sociedades garantir a justiça social, a equidade, o avanço no bem comum e na paz social e internacional”, está escrito na intervenção salesiana.
Padre Brennan organizou também um evento colateral, promovido pelos salesianos para a Comissão, intitulado: “Antes as pessoas:a resposta da comunidade ao tráfico de seres humanos”. A mesa-redonda interativa evidenciou a realidade do tráfico e da moderna escravidão, e por que esse assunto deveria importar a todos. O evento foi copatrocinado pela Comissão das Ongs para deter o tráfico de pessoas, pelas Irmãs do Bom Pastor e pelas Irmãs de Notre Dame de Namur.
Inspetoria São João Bosco com informações InfoANS