Foram 141 mortos, dos quais 132 crianças e adolescentes; 124 feridos, quase todos alunos; uma modalidade de execução destituída de qualquer humanidade, eliminando classe por classe, para aumentar o balanço da chacina: uma violação tão grave daquelas regras de humanidade inscritas no coração de cada pessoa humana, capaz de suscitar uma reprovação universal.
“Não há palavras para qualificar e descrever quanto sucedeu. A maldade concentrou-se sem comedimento sobre crianças indefesas e sobre os seus educadores”, comentou o padre Pedro Zago, SDB, há mais de 20 anos no Paquistão, aos agentes do Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento (VIS).
“Entretanto, como disse a jovem e sábia Malala", continua o missionário, "esses terríveis fatos só farão aumentar a força das crianças e dos adolescentes paquistaneses, desejosos de estudar, de crescer, sobre essas mesmas carteiras da escola, hoje manchadas de sangue e de dor. Não perderemos o alento. Atos como esse, além disso, esperamos abram os olhos do Ocidente e dos muçulmanos mais moderados, para que haja uma condenação unânime e forte da violência”.
“Estou indignado pelo ataque à escola no Paquistão!”, escreveu nesta manhã, 17 de dezembro, o reitor-mor, em sua página no facebook.
Referindo-se a uma foto que mostra a dor de tantos pais pela perda dos filhos, também acrescentou: “Sei que esta imagem que partilho nos fere a todos. Unimo-nos à dor dessas mães e pais, mas não podemos silenciar perante tamanha barbárie!! Nada, nada, nada justifica a morte de um ser humano. Não há razão política, nem social, tampouco qualquer outra coisa que se possa inventar para justificar a morte…Enquanto ofereço a minha oração a Deus pela dor desses pais e mães, Lhe peço que nos ajude a crescer pelo menos na racionalidade se não conseguirmos ficar mais humanos”.
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