O encontro do Pontífice com cerca de 100 crianças e adolescentes cristãos e muçulmanos, refugiados da Síria, do Iraque e do Chifre da África ; se deu na tarde de domingo, 30 de novembro, na Catedral do Espírito Santo, e marcou a última etapa da viagem apostólica. A maior parte dos refugiados, entre 10 e11 anos, frequenta a escola administrada pelos salesianos que, com cursos de inglês, os prepara para emigrar, sobretudo, para os Estados Unidos, Canadá e Austrália. O Papa, que se entreteve por cerca de 30 minutos, sentou-se aos pés do altar, enquanto os meninos sentavam nas primeiras filas dos bancos da igreja.
Padre Andrés Callejas, diretor da Escola, saudou o Papa em espanhol. Depois, reporta a Agência Sir, uma jovem iraquiana cristã tomou a palavra e lhe contou “o contexto dramático no qual fugiu e a angústia na qual vivia, não podendo ir à escola, vivendo em constante situação de perigo”. Momento tocante foi em que os pequenos cantaram ao Papa um canto em espanhol, em inglês e em árabe, acompanhados com o violão do padre Callejas.
“Caros meninos, disse em seguida o Papa, não desanimem. Com o auxílio de Deus, continuem a esperar por um futuro melhor” apesar das dificuldade e dos obstáculos que agora estão enfrentando. (…) Lembrem-se sempre de que Deus não esquece nenhum dos seus filhos, e de que os mais pequenos e os que mais sofrem são os que estão mais perto do Seu coração de Pai”.
Foi ao falar aos pequenos migrantes que o Santo Padre tornou a dirigir um apelo à Comunidade Internacional: “As condições degradantes em que tantos refugiados devem viver, disse, são intoleráveis! Por isso é preciso empenhar-se ao máximo por remover as causas dessa realidade. Lanço um apelo para uma convergência internacional maior, visando à solução dos conflitos que ensanguentam suas terras de origem, a contrastar as outras causas que levam as pessoas a deixar a pátria e a promover condições para que possam permanecer ou voltar”.