Os lavabos móveis, munidos de torneiras e pequenos reservatórios de substâncias higiênicas, foram entregues ao ministro Moijueh Kaikai no decorrer de uma breve cerimônia feita na sede da ‘Dom Bosco Fambul’, em outubro.
Antes da entrega, o salesiano irmão, Lothar Wagner, diretor do ‘Don Bosco Fambul’, explicou que a ONG salesiana tem como prioridade absoluta o bem-estar integral das crianças, missão que se tornou ainda mais urgente depois que explodiu a epidemia do Ebola.
O ministro Kaikai esteve em contato com os responsáveis do Don Bosco Fambul exatamente depois da difusão do vírus, com a finalidade de reabastecer com gêneros de primeira necessidade os espaços submetidos a quarentena, com crianças e doentes do Ebola.
No dia da entrega dos lavatórios móveis, o ministro constatou que o suporte fornecido pelos salesianos ao Ministério comprova o seu empenho em favor não só das crianças, mas de cada cidadão do país, sobretudo, nesta situação de emergência humanitária. E prometeu que os lavabos seriam distribuídos em vários pontos estratégicos da cidade, para enfatizar a existência da doença e obrigar a população a tomar medidas de precaução para preveni-la.
A resposta da Igreja Católica à crise do vírus Ebola
A Caritas Internationalis organizou em Roma, em 4 de novembro, um encontro para falar sobre a epidemia do vírus Ebola, focalizando os principais problemas a serem enfrentados nos três países mais atingidos pela epidemia: Guiné, Libéria e Serra Leoa. O encontro também teve como intuito a troca de informações sobre as atividades ou iniciativas realizadas pelos diversos organismos eclesiais ou de inspiração cristã.
Estiveram presentes neste encontro representantes dos Dicastérios Vaticano: Justiça, Paz, Saúde; agentes sanitários, membros da Confederação Caritas; representantes de ONGs, de congregações religiosas, entre estas também os Salesianos de Dom Bosco (SDB), através da Fundação Dom Bosco no Mundo.
As principais exposições foram feitas por quem esteve atuando diretamente nos países afetados pela doença como dom Robert Vitillo, assessor especial da Caritas Internationalis, recentemente em missão na Libéria; o camiliano padre Aris Miranda, consultor geral da sua Congregação e coordenador central da ‘Camillian Task Force’, entre outros.
Acerca das problemáticas maiores e das prioridades de intervenção, ficou evidenciada: a necessidade de aumentar e reforçar as unidades de diagnóstico (laboratórios) e de tratamento; a reabertura segura dos hospitais e dos centros sanitários para o tratamento de patologias ordinárias e o suporte aos centros que ficaram abertos, reforçando também a formação para os colaboradores.
Sublinhou-se igualmente a problemática da discriminação a pessoas procedentes de povoados com alto número de contagiados e aos migrantes; e o papel crucial desenvolvido pela Igreja neste contexto, enquanto agente presente e operante com as comunidades já antes da emergência, que ali está agora e que ficará também futuramente.
No final do encontro o cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, pediu que seja criada uma plataforma de coordenação das atividades, facilitada pela Caritas Internationalis, útil também para a elaboração de uma espécie de plano de ação da Santa Sé, sendo dom Vitillo seu ponto de referência.
InfoANS