O livro, escrito pelas historiadoras e jornalistas Lucetta Scaraffia e Giulia Galeotti, é um reflexão sobre o papel da mulher na Igreja Católica e questões ainda não resolvidas, por meio das palavras do pontífice. Foram inseridos no livro os textos em que Francisco fala sobre a questão feminina na Igreja Católica.
Lucetta Scaraffia, em seu ensaio, analisa os nós históricos e teológicos ligados a este problema com palavras que fazem refletir: "No contexto de emancipação da mulher, como no caso dos países ocidentais, a atitude da Igreja parece desmoronar-se. Numa cultura em que a emancipação das mulheres é medida sobre o livre acesso aos anticoncepcionais e legalização do aborto, a Igreja é vista como uma inimiga da emancipação. A este conflito cultural se acrescenta a ausência de mulheres na esfera de tomada de decisão da Igreja, embora as religiosas sejam, pelo menos por agora, mais numerosas do que os religiosos. Além disso, elas são geralmente relegadas ao papel de subordinadas, com tarefas subalternas", destaca Scaraffia.
E seu ensaio, Giulia Galeotti ilustra o papel que as mulheres religiosas e leigas desempenharam na história da Igreja, com as respostas que os Papas deram aos pedidos de uma presença feminina mais relevante dentro da instituição. "Trata-se de presenças femininas que perderam completamente a força de ruptura e mudança. Não é um problema de memória, mas de perspectiva. Transmitida através do olhar masculino, essas presenças femininas foram completamente alteradas", frisa Galeotti.
Clique aqui para ler a notícia na íntegra.