O professor salesiano combina seu trabalho como docente e como árbitro há 23 anos. Sua carreira começou justamente no colégio salesiano, quando era ainda estudante e se oferecia para ser juiz nos jogos dos alunos. “Acho que foi o ponto de partida dessa paixão”, afirma ele.
Mais tarde, quando começou a estudar Pedagogia em Educação Física na Universidade de Concepción, passou a integrar o Corpo de Árbitros de Futebol da instituição (CARFUC). Fez o curso de árbitro na Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) e, já formado em Pedagogia, passou a combinar as duas paixões: árbitro e professor.
Em 1996, começou a arbitrar na Série B do futebol chileno. Sete anos depois, foi promovido a árbitro de Futsal Internacional e, em 2007, foi nomeado árbitro assistente internacional, categoria com a qual começou a arbitrar em torneios como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-americana.
O professor destacou o apoio que sempre teve na escola para conciliar as atividades: “O primeiro que me apoiou foi nosso diretor de Estudos, Mario Lopez, já falecido, que me deu a possibilidade de concorrer em âmbito internacional”, lembrou.
Em abril de 2013, Sergio foi informado que integraria o grupo chileno para postular a Copa, e a partir de então começou uma intensa preparação física, psicológica e técnica que permitiu ver o seu nome confirmado na lista definitiva publicada em janeiro deste ano. A conquista de Sergio Román se torna mais importante quando sabemos que, dos 10 trios sul-americanos que postularam a participação, somente cinco foram eleitos pela FIFA para participar da Copa.
O grupo chegou ao Rio de Janeiro em 1º de junho, onde começou uma intensa preparação que inclui treinamento físico no período da manhã e análise de aspectos técnicos no período da tarde. Até o momento, o trio fez a arbitragem do jogo entre Japão e Costa do Marfim, em 14 de junho. A arbitragem de um segundo jogo na Copa ainda está sujeita a confirmação, mas já se sabe que o grupo não pode arbitrar jogos com participação de times latino-americanos.
Antes de vir para o Brasil, o professor enviou uma mensagem aos seus alunos dizendo que “seja qual for a atividade que façam, sejam sempre responsáveis e constantes. Conseguir tornar os sonhos realidade é fruto de nunca baixar os braços, de seguir adiante e de esforçar-se ao máximo”. Após esta experiência na Copa do Mundo, o professor Román vai se aposentar como árbitro.
Com informações de: Zenit, Colégio Salesiano de Concepción, Fifa