O Santuário de Maria Auxiliadora, em Atocha, acolheu repleto o nascimento das duas novas inspetorias salesianas, em lugar das seis precedentes. No templo, os salesianos e uma maciça representação da Família Salesiana da Espanha sublinhou, com aplausos, a leitura, depois da homilia, dos decretos de criação das inspetorias e das nomeações, com a posse, dos novos Inspetores: padre Cristóbal López e padre Juan Carlos Pérez.
O reitor-mor, referindo-se ao Pentecostes, dissera na homilia: “O Espírito nos traz novidades e abertura, e irrompe em nossas vidas fazendo-nos sair de aparentes seguranças”. Convidou todos os membros da Família Salesiana a “viverem dedicados aos jovens, sobretudo aos últimos. Devemos ser capazes de viver deixando ver ao mundo o nosso DNA”. Convidou igualmente a viver esta nova etapa “aos pés de Maria Auxiliadora, colocando Jesus Cristo no centro de tudo”.
Um dia de encontros
O dia do padre Fernandez Artime, em sua primeira viagem oficial à Espanha como reitor-mor, caracterizou-se por numerosos encontros com os diversos grupos da Família Salesiana.
Antes da missa, o reitor se encontrou com 400 salesianos, convidando-os a enfrentar ‘sem medos’ o novo desafio com a mente e o coração abertos “à presença do Espírito”. Além de sublinhar a necessidade da fé e da fraternidade, o reitor-mor encorajou os religiosos a viverem este momento de reorganização das inspetorias salesianas como “um dever perante Deus e Dom Bosco, porque são muitos os jovens que ainda precisam de nós”.
À tarde, falou a mais de 450 jovens, com mensagem clara: “Não tenham medo de deixar-se envolver pela trama de Deus (…) Ajudem-nos a sermos Salesianos como Dom Bosco nos sonhou”. Sucessivamente, em sessão dialogada, reprisou, valorizando a diversidade dos ambientes educativos e pastorais oferecidos pelos salesianos: “As nossas propostas não podem ser apenas lugares de animação sócio-cultural. Deveriam ser uma alternativa de compromisso e de profundidade espiritual”.
O primeiro dia das novas Inspetorias encerrou-se com o encontro com os membros dos vários grupos da Família Salesiana – mais de 400 pessoas. Segundo o reitor-mor, a maior intuição de Dom Bosco foi exatamente a de ter a consciência de “serem muito variados os membros da sua Família, e que juntos poderiam ir muito mais longe”. E prosseguiu propondo uma série de desafios para todos os grupos: conhecer-se, amar-se, respeitar-se; sair das próprias paredes, “a fim de ser uma força viva na Sociedade e na Igreja”; e, por fim, redescobrir o valor dos leigos, porque “se exige uma presença muito mais viva do Laicato salesiano, tanto nas Obras salesianas quanto na Igreja”.