Como Joseph, mais de 35 milhões de pessoas no mundo veem suas vidas sendo interrompidas. Destes, 85% são mulheres e crianças. Combates, perseguições, calamidades naturais (secas, inundações, terremotos, tufões) obrigam-nas a deixar suas casas. O seu destino, em muitos casos, são os campos para refugiados, criados por ocasião de emergências e que, por vezes, continuam por anos e anos. “Há pessoas que conhecem somente o campo de refugiados como casa: nasceram e cresceram ali – explica Ana Muñoz, porta-voz das Missões Salesianas. “A vida nesses lugares passa lenta-lentamente. Não há muito o que fazer e os refugiados não podem sair para trabalhar ou estudar” – explicam os missionários salesianos que trabalham no campo de refugiados de Kakuma, Quênia.
No momento os missionários salesianos cuidam de cerca de 400.000 refugiados em todo o mundo. Tornar conhecida a realidade nas quais vivem; e coletar meios para continuar a servir àqueles que deixam suas casas, são o objetivo da campanha “No mires atrás”.
Vive-se em um mundo muito atormentado. Combate-se no Sudão do Sul, República Centro-Africana, Síria... e são milhões as pessoas que vivem inseguras: “No Sudão do Sul, a missão salesiana cuida de 500 mulheres e crianças refugiadas; na República Centro-Africana há ainda milhares de pessoas que vivem em nossas paróquias e escolas”, reporta Ana Muñoz..
Na Turquia e Líbano os missionários salesianos acolhem as famílias sírias. No Paquistão, mais de 2.200 crianças afegãs vão à escola graças ao empenho dos missionários salesianos. Na Índia, mais de 22.000 pessoas, que vivem nos campos de refugiados perto de Nova Délhi, são servidas “a fim de que possam ter acesso à instrução e à saúde; ajuda-se também a achar trabalho e desenvolvemos atividades com os mais pequenos” – explica o padre George Menamparampil, da Índia.
“Para nós a educação das crianças e dos jovens refugiados é essencial. Não só pelos conhecimentos e a preparação ao mercado de trabalho, mas também porque ajuda a estabelecer procedimentos, a dar um sentido de normalidade e a manter viva a esperança” – conclui Ana Muñoz.